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Polícia Brasil
Segunda - 04 de Junho de 2012 às 20:01

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Aliny Mary Dias/G1MS
Informação de que jovem era alérgica a dipirona estava em prontuátio
Informação de que jovem era alérgica a dipirona estava em prontuátio
A Polícia Civil indiciou por homicídio com dolo eventual a médica infectologista de 31 anos suspeita de ter prescrito dipirona duas vezes à paciente Letícia Gottardi, de 19 anos, que era alérgica ao medicamento e morreu após receber a substância. O caso aconteceu em abril de 2012 no hospital Darci João Bigaton em Bonito, a 300 km de Campo Grande. A instituição afirma que o contrato com a profissional foi rescindido.

O delegado responsável pelo inquérito, Roberto Gurgel, disse ao G1 que a vítima foi ao hospital reclamando de dores abdominais no dia 6 de abril e foi atendida por outro médico do local. Foi quando ela informou que tinha alergia ao medicamento, informação anotada pelo profissional no prontuário de Letícia.

A garota recebeu alta naquele mesmo dia, voltou para casa, mas passou mal na madrugada do dia 7 de abril. De volta ao hospital, foi atendida pela suspeita, que, mesmo tendo acesso ao prontuário feito no plantão anterior, determinou à equipe de enfermagem aplicação de dipirona, segundo Gurgel. Horas depois, segundo ele, a médica voltou ao quarto da paciente e novamente receitou medicamento à base da substância.

Conforme o delegado, Letícia morreu por volta das 6h do dia 7 de abril. Ele afirma que o laudo pericial apontou a presença de dipirona no sangue da vítima e diz que a reação aguda ao medicamento foi a a causa da morte.

“Durante os depoimentos eu perguntei para ela [a médica] se não viu a anotação do médico anterior. Ela disse que não”, afirma o delegado.

Parentes da vítima disseram ao G1 que a médica sabia que a jovem era alérgica ao medicamento e mesmo assim aplicou o medicamento. Acreditando que se tratava de erro médico, registraram um boletim de ocorrência para que o caso fosse investigado.

Outro lado
Conforme o hospital, a médica era funcionária contratada e não efetiva do local e após o incidente teve o contrato de trabalho quebrado. A instituição não quis se manifestar sobre a possibilidade de erro médico e tampouco afirmou se a profissional violou algum procedimento do local.





Fonte: Do G1 MS

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