Seis testemunhas no processo sobre o assassinato de uma garota de programa de 23 anos, morta em uma pizzaria, foram ouvidas na tarde desta segunda-feira (4), no Fórum de Cuiabá. Estava previsto o interrogatório do pizzaiolo Weber Melquis Venande de Oliveira, de 22 anos, acusado de cometer o crime, porém foi adiado devido ao não comparecimento de três testemunhas do caso.
A juíza da 12ª Vara Criminal, Maria Aparecida Ferreira Fago, marcou nova audiência para o dia 26 de junho, às 14h30, para ouvir os depoimentos das três garotas de programa e interrogar o acusado pela morte da vítima. Entre as pessoas que prestaram esclarecimentos nesta tarde, na condição de testemunhas de acusação, está a mãe da vítima e um motoboy que trabalha próximo à rodoviária de Cuiabá.
Na audiência, a juíza lembrou que só deve decidir sobre os pedidos da defesa para que o acusado seja submetido a exames de sanidade mental e de dependência química após o interrogatório de Weber Melquis. O advogado do pizzaiolo, Paulo Fabrinny Medeiros, declarou ao G1 que a defesa busca esclarecer que o jovem não é um “monstro”. Ele disse que as testemunhas de defesa vão comprovar que o crime foi “um fato isolado”. O jovem confessou o crime alegando estar sob efeito de droga.
No entanto, para o Ministério Público Estadual (MPE), o crime foi cometido por motivo fútil e sem dar chance de defesa para a vítima. Weber encontra-se preso na Penitenciária Central do Estado (antigo presídio Pascoal Ramos).
Segundo a denúncia do MPE, o acusado fechou a pizzaria de propriedade do pai dele por volta das 23h30 do dia 3 de fevereiro. Em seguida, Weber Melquis seguiu em uma moto e abordou, por volta das 3h, jovens que estavam em frente a uma boate, próximo à Rodoviária de Cuiabá.
No local, ele começou a usar drogas com as mulheres e, em seguida, saiu do local na companhia de uma delas para comprar cerveja e cigarros. Eles retornaram para a frente da boate e depois foram para a pizzaria buscar dinheiro para comprar mais drogas.
Dentro do estabelecimento do pai dele, o suspeito deu três golpes de faca na jovem, sendo que um deles acertou o pescoço da vítima. A seguir, o suspeito colocou o corpo dela na fornalha e acendeu. Enquanto o corpo queimava no forno, diz o MP, o suspeito limpou o sangue que estava no chão da pizzaria.
O corpo da jovem foi encontrado pela polícia totalmente carbonizado horas depois do crime. Segundo o delegado André Renato Gonçalves, o jovem sentiu uma vontade "súbita" de matar a jovem.
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