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Cidades/Geral
Segunda - 04 de Junho de 2012 às 17:43

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O diretor-geral do Colégio Maxi, Virgílio Tomazetti Júnior, afirmou hoje ao MidiaNews que lamenta e “repudia” o episódio envolvendo a divulgação de fotos eróticas de alunas da unidade de Cuiabá na internet e em “redes sociais”.

De Londrina (PR), onde fica a sede da instituição, ele disse, por telefone, que sugeriu aos pais das jovens até mesmo que as retirassem do colégio, com o objetivo de preservá-las.

Enfático, ele afirmou que a instituição não pode expulsar as jovens, pois as fotos foram feitas em ambiente domiciliar, e não nas dependências do colégio.

“O Colégio Maxi repudia tanto a existência das fotos quanto a propagação delas na internet. O Maxi não pode expulsar as alunas no meio do ano letivo; nenhum colégio pode fazer isso. Por isso, ficamos de mãos atadas. Chegamos a sugerir aos pais que retirassem as alunas do colégio, para não expô-las ainda mais. Mas eles não aceitaram”, afirmou.

De acordo com Tomazetti, a saída das alunas do colégio seria a saída “mais viável”, até mesmo pela exposição negativa do nome da instituição, uma vez que as alunas usavam uniforme escolar no momento em que tiraram uma das fotos.

“Por mim, como diretor, gostaria que elas estivessem fora do colégio, mas não posso fazer nada e vou aguardar o desfecho das investigações”, disse.

O episódio virou caso de polícia, com a abertura de um inquérito, e está sendo investigado pela delegada Alexandra Fachone, titular da Deddica (Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente).

As investigações apuram, a pedido do colégio, quem foi o responsável pela propagação das fotos. Por se tratar de menores de idade, o processo corre sob sigilo.

Contra a erotização

Segundo o diretor do Maxi, entre as perguntas a serem respondidas após a investigação estão a razão que levou as adolescentes a tirarem as fotos, onde estavam os pais no momento em que isso aconteceu, porque elas usavam os uniformes no momento do ato e quem foi o responsável pela propagação das fotos.

Tomazetti reiterou os valores do colégio e disse ser contra programas de televisão que estimulam a erotização de crianças e adolescentes.

“O Colégio Maxi é tradicional, a favor da família e dos bons costumes. Somos absolutamente contra a erotização dos jovens por influência de programas de televisão como “Malhação”, “Big Brother Brasil”, (ambos da Rede Globo) e frivolidades como realitys shows que mostram a vida de mulheres ricas e estúpidas”, criticou.

Para o diretor-geral, há uma deturpação dos valores familiares atualmente. “Isso leva as adolescentes a se orientarem por comportamentos propagados pela mídia, uma vez que assistem, às vezes, a seus próprios pais aplaudindo atitudes que, pela falta de maturidade, elas apenas imitam e não compreendem”, afirmou.

“Precisamos de pais mais firmes, que passem menos a ‘mão na cabeça’ dos filhos”, avaliou.

Tomazzeti reiterou que o Colégio Maxi aguardará o posicionamento da Promotoria da Infância e da Juventude para decidir se irá tomar outras atitudes do ponto de vista jurídico.

O caso

Há quinze dias, fotos eróticas de alunas do Maxi, tiradas por meio de aparelhos celulares, “vazaram” e caíram na Internet e em redes sociais, como o Facebook. O caso foi parar na polícia, que abriu inquérito para apurar as responsabilidades.


 






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