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Cidades/Geral
Sexta - 01 de Junho de 2012 às 12:00
Por: Paulo Ramos/de Tangará

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Mais um caso de crime ambiental em Mato Grosso causa repulsa à sociedade em Mato Grosso. Depois do Rio Vermelho, em Rondonópolis, Sula de Mato Grosso, receber 60 milhões de litros de esgoto “in natura” da empresa responsável pelo tratamento de água da cidade, a mesma situação acontece em Tangará da Serra, no médio Norte de Mato Grosso. Águas de esgoto estão  sendo descarregadas no Córrego Buriti, no bairro Jardim do Sul, entrada para o Jardim Acapulco. A situação coloca a população em risco, já que ali perto está a Estação de Tratamento de Água da cidade. 
 
Moradores dizem que a  situação está cada vez mais complicada. O córrego já apresenta duas cores e dois tipos de consistência devido as substâncias ali depositadas. De acordo com moradores, no momento em que o cano jorra o esgoto para dentro do córrego, o mau cheiro é constante. Segundo eles, há relatos de pessoas que se intoxicaram e passaram muito mal devido ao mal cheiro exalado  e, sobretudo, com o transbordamento das bombas que acabam enviando o esgoto para a rua.
 
“Há muitas casas aqui perto, isto é inadmissível, o mau cheiro é terrível, incomoda, fica o dia inteiro com este odor, não dá nem vontade de ficar em casa. Nós ligamos, nós cobramos e nada acontece. Sem falar na irresponsabilidade, é um rio, é a natureza, tem que se ter um cuidado com isso, não se pode ficar assim”, retrata um morador que afirma não aguentar mais a situação.
 
Chegando próximo a ETA,  ao lado do córrego e próximo à ponte que dá acesso ao Jardim Acapulco, qualquer pessoa consegue sentir o forte cheiro provocado, sem falar no lamaçal que se forma nas proximidades. “Nós já presenciamos situações complicadas: uma vez o guarda ficou ilhado, porque as bombas não conseguiram mais trabalhar, transbordaram e o coitado ficou no meio da mer... É um senhor de idade, me parece que ele está tendo que tomar remédios, devido o acontecimento”, relatou.
O crime foi inicialmente investigado e instaurado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que protocolou a denúncia no Ministério Público para que o caso fosse acompanhado e se não fosse resolvido, automaticamente encaminhado para o Judiciário.
 
O córrego Buriti atravessa o município de Tangará da Serra, onde antigamente se podia tomar banho, lavar roupas, enfim, era devidamente utilizado pela população. Hoje o que todos veem é as consequências das ações do homem que tão prejudicam este bem natural. O córrego luta para continuar com vida, em quase todos os seus pontos está cada vez mais estreito, devido a aproximação das residências, sem estrutura e sem conscientização, não só ele, mas como muitos outros vivem um processo de extinção.
 
“É um absurdo esta situação, ver um local desse sendo atacado desta forma. Eu sou uma pessoa que ama a natureza, que gosta de cuidar, então quando vejo isto, fico muito triste, é mais um córrego sendo destruído, invadindo o seu espaço, não dá para acreditar.Espero que a situação seja resolvida”, pontua o morador. 
 





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