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Economia
Sexta - 01 de Junho de 2012 às 09:36

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A desaceleração da economia mundial, provocada principalmente pela crise registrada pelos países da zona do euro, abateu boa parte das economias no mundo no primeiro trimestre deste ano.

Do lado dos emergentes, não foi só o Brasil que teve de rever suas estimativas de crescimento, inicialmente em 4,5% para este ano, após alta de 2,7% em 2011. Por aqui, o mercado já fala em um PIB anual menor do que 3%, enquanto o governo persiste em uma taxa entre 3% e 4%. Dados divulgados hoje pelo IBGE mostram uma elevação de 0,8% na comparação com o mesmo período de 2011 e 0,2% na relação com o quarto trimestre. A Índia cresceu 5,3% no primeiro trimestre na comparação com o quarto de 2011. A Rússia ainda não divulgou o resultado do período.

A China também têm reavaliado as suas previsões de crescimento após crescer 8,1% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2011, o que representou uma desaceleração quando comparado com o crescimento de 8,9% no quarto trimestre do ano passado. Assim, como no Brasil, a produção industrial chinesa rateia diante da falta de mercado externo.

  Editoria de Arte/Folhapress  

Segundo analistas, o péssimo momento econômico internacional reflete fortemente nos emergentes, que focam na demanda interna e adotam medidas protecionistas, estímulo ao crédito com o intuito de dar liquidez a seus mercados e fazer a economia girar.

A maior tensão vem da zona do euro com a crise da dívida pública e do sistema bancário, além de uma possível saída da Grécia do bloco e da desconfiança generalizada do consumidor apoiada em desemprego crescente e cenário recessivo.

A desocupação no bloco bate recordes e faz a crise parecer ainda mais difícil de ser contornada pelo ambiente de pessimismo. A Espanha dá ao mercado mundial incertezas sobre sua capacidade de recuperar o sistema bancário, num país com 24,3% da população desempregada. Com a queda dos bancos no país e a possibilidade de calote, toda Europa credora pode ter de dividir essa conta ou contabilizar perdas.

O PIB da União Europeia ficou estável no primeiro trimestre (ante queda de 0,3% no quarto trimestre de 2011) e estabilidade também na relação com o mesmo período do ano passado.

Dos países ricos, apenas três apresentaram resultados positivos no primeiro trimestre do ano: Alemanha e Estados Unidos cresceram 0,5%, mas desaceleraram na comparação com o mesmo período de 2011, quando os EUA cresceram 1,9% e os alemães registraram alta de 1,2%.

A França e o conjunto de países da zona do euro registraram estabilidade do PIB no período, enquanto o Reino Unido (que não faz parte da zona do euro, mas é um dos mais importantes membros da União Europeia) viu seu PIB recuar 0,2%, ante estabilidade no primeiro trimestre de 2011 e queda de 0,3% no quarto trimestre.






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