A presença do computador nas casas brasileiras passou de 35%, em 2010, para 45% em 2011, conforme a pesquisa TIC Domicílios divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Já a internet estava presente em 38% das casas no ano passado, um aumento em relação aos 27% registrados em 2010.
Os dados foram obtidos a partir de entrevistas em 25 mil domicílios no Brasil. A pesquisa foi produzida pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br (NIC.br), por meio de seu Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br).
Entre as casas com computador, 79% das famílias tinham desktops, contra 39% de notebooks. Conforme a pesquisa, 95% dos domicílios em 2008 tinham um computador de mesa, enquanto os portáteis estavam presentes em apenas 10% dos lares.
O estudo também mostra que a presença de notebooks nas casas da classe C praticamente dobrou no ano passado em relação a 2010, atingindo 28% dos lares. Ja ambos os tipos de computadores empatam nos domicílios da Classe A - os portáteis estão presentes em 81% das casas, contra 82% dos desktops.
A pesquisa TIC Domicílios de 2011 começou a medir pela primeira vez a presença dos tablets nas casas brasileiras. Enquanto apenas 1% dos lares no total possui uma prancheta digital, a proporção na classe A já chega a 10%.
A pesquisa também mostrou que, pela primeira vez, as conexões via banda larga móvel (modem 3G) ultrapassaram o acesso discado, que está em declínio.
Mesmo a presença da banda larga móvel ainda sendo muito inferior que a fixa, seu crescimento em 2011 foi destaque, conforme o TIC Domicílios. No ano passado, o modem 3G estava presente em 18% dos lares brasileiros, contra 68% da banda larga fixa. Porém, o modem 3G cresceu oito pontos percentuais em relação à medição de 2010, ao mesmo tempo em que as conexões de banda larga fixa permanecem no mesmo patamar do ano anterior.
Internet
Sobre o acesso à internet, 45% dos entrevistados disseram ter se conectado à rede nos últimos três meses, um aumento de quatro pontos percentuais em relação a 2010, conforme a pesquisa. O local mais citado para o acesso à web foi o domicílio, com 67% das respostas, mais que o dobro do segundo lugar mais citado, as lanhouses, com 28%. O TIC Domicílios destacou que, enquanto o acesso em casa cresceu 20% em 2011, o uso das lanhouses diminuiu 18% no mesmo período.
O acesso à rede por meio do celular passou de 5%, em 2010, para 17% no ano passado, um crescimento de 12 pontos percentuais entre os usuários de web móvel. A pesquisa destacou que o aumento foi registrado, principalmente, entre os entrevistados que possuem aparelhos pré-pagos.
Entre as atividades mais realizadas pelos brasileiros na internet, sites de relacionamentos como Facebook e Twitter estão na primeira posição, com 69% das respostas. Conforme a pesquisa, os entrevistados que acessam o Twitter passaram de 14%, em 2010, para 22% no ano passado.
Desigualdades
Na área rural, a lan house tem a mesma relevância do domicílio e continua sendo importante para a inclusão digital. Conforme a pesquisa, 90% dos lares na área rural não possuem internet. Esse número chega a 79% dos lares no Nordeste.
Em relação às classes econômicas, 95% dos domicílios da classe DE não tem acesso à web, enquanto essa proporção na classe A é de apenas 3%. Do total dos entrevistados, 55% da população ainda não é usuária de internet, ou seja, não se conectou à rede nos últimos três meses. Na área rural essa proporção é de 82%. E entre as pessoas com mais de 60 anos, esse número chega a 91%.
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