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Cidades/Geral
Quarta - 30 de Maio de 2012 às 21:06

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Poder público, setor de segurança pública, classe empresarial e entidades estiveram reunidos na manhã de ontem no gabinete do Executivo Municipal para definirem soluções para um problema social que tem se agravado ano após ano em Tangará da Serra: a presença e ação de andarilhos e indigentes nos principais pontos da área central da cidade.

O Executivo foi representado pelo vice-prefeito Idail Trubian (o prefeito Saturnino Masson se encontra em viagem à capital federal) e pelos secretários de Assistência Social, Ivonete Júlia de Andrade, e de Indústria, Comércio e Serviços, Francisco Dantas Garcia. Também participou da reunião a coordenadora do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas), Valéria Martinazzo.

O Legislativo participou através dos vereadores Luiz Henrique (presidente, PTB), Vânia Regina (PR) e Fábio Brito (PSDB). As polícias Civil e Militar, através do delegado Edmar Faria Filho e do tenente PM Lamonier de Figueiredo, representaram o setor de segurança pública. Já a classe empresarial foi representada pelos presidentes da CDL, Edna Campos, e da Acits, Leoclides Bigolin. O Rotary Clube Centro também contou com representantes no encontro.

PROBLEMA SOCIAL - Um dos pontos abordados especialmente pela Secretaria Municipal de Assistência Social é a dificuldade de encaminhar andarilhos e moradores de rua a um rumo melhor nas suas vidas. A maioria destas pessoas não tem documentos e quase sempre estão embriagados ou sob efeito de entorpecentes. Além do mais, preferem seguir nas ruas sob efeitos de drogas e/ou embriaguez a se manter recolhidos no Albergue Municipal provisoriamente enquanto procuram alguma colocação no mercado.

Em meio a este contingente de pessoas desencaminhadas, há também aqueles que literalmente se entregaram à indigência, perderam contato com familiares e sequer sabem bem o que querem na cidade. “São pessoas difíceis de lidar e muitas delas são agressivas e andam armadas com facas e outros instrumentos perigosos”, observou a secretária municipal de Assistência Social, Ivonete Júlia de Andrade. “É um problema social muito grave, e é de todos, não apenas do poder público. Por isso deve ser enfrentado pela comunidade como um todo”, completou.

No setor de segurança pública, as polícias tem suas ações limitadas, já que não há como simplesmente apreender andarilhos sem que estejam em flagrante delito ou que tenham contra si alguma pendência na Justiça.

As ações dos andarilhos e moradores de rua não se limitam aos transtornos à população, mas também à classe empresarial, já que suas abordagens acontecem também em estabelecimentos comerciais, que por sua vez acabam virando alvo de vandalismo em caso de denúncia ou de pedidos não atendidos. Para se ter uma ideia, na semana passada um andarilho esfaqueou um funcionário de um estabelecimento, no centro da cidade e em plena luz do dia, após lhe ser negado um pedido de dinheiro.

AÇÃO CONJUNTA - Na reunião desta quarta-feira ficou definido que o caso será discutido com o Ministério Público no sentido de estabelecer uma política pública que leve, senão a uma solução, ao menos à diminuição do problema. Para tanto, haverá outra grande reunião, ainda a ser marcada pelo Gabinete do Executivo. 

Em princípio, o poder público, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), intensificará os trabalhos de triagem para determinar, na medida do possível, o encaminhamento dos andarilhos às suas cidades de origem ou onde se encontram seus familiares. Este trabalho, vale lembrar, já é realizado pela Semas, mas a partir de agora deverá ser incrementado e ampliado, com a parceria do poder público da localidade de origem da pessoa atendida.

Também será lançada uma campanha de conscientização junto à comunidade local, indicando os procedimentos corretos no convívio com os andarilhos. Atos de doação de valores em dinheiro, por exemplo, devem ser evitados, com a autoridade policial - especialmente a Polícia Militar - sendo acionada nas ocorrências.






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