A delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, pediu a conversão da prisão do flagrante em temporária do suspeito de estrangular uma jovem de 22 anos e pendurar o corpo dela na grade de um miniestádio no bairro CPA 2, na capital. O crime ocorreu na segunda-feira (28) e a última pessoa com quem a vítima teve contato foi com o rapaz de 25 anos, segundo a Polícia Civil.
Conforme a delegada, é necessário mais tempo para fazer diligências que possam confrontar com as alegações do suspeito, que em depoimento negou ter assassinado a jovem, mas confessou que estava com ela em uma festa no bairro Beira Rio, em Cuiabá, e lhe deu carona até uma rua do bairro a pedido dela. Outras pessoas também deverão ser ouvidas. Agora, cabe a Justiça acatar ou não o pedido de prisão temporária que garantirá a prisão do rapaz por mais 30 dias.
Por meio de assessoria de imprensa da polícia, Anaíde informou que há algumas contradições no depoimento do suspeito, além do que o horário que o suspeito disse ter deixado a vítima condiz com a hora da morte dela. No depoimento, o suspeito informou ser amigo de um primo da jovem, mas que a conheceu naquela noite durante uma festa de pagode e que saíram juntos do local para lanchar. Em seguida, disse tê-la deixado em uma rua escura.
.Além disso, o aparelho de celular dela estava no carro do suspeito. No telefone da vítima, de acordo com a polícia, não tinha nenhum registro de ligação que pudesse dar indícios de que ela teria combinado algum encontro com alguém próximo ao local do crime, o que indicaria que o suspeito foi de fato a pessoa com quem ela manteve o último contato antes de morrer.
O que chamou a atenção da polícia também foi o fato de ter sido encontrado um pedaço de fio elétrico semelhante ao usado no crime dentro do carro do rapaz e ainda por ele lavar a roupa e o sapato que usou no dia do assassinato.
O laudo de necrópsia do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a jovem foi enforcada com um pedaço de fio elétrico e depois foi pendurada com uma calça jeans enrolada no pescoço para simular suicídio. Moradores da região encontraram o corpo e acionaram a polícia.
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