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Cidades/Geral
Quarta - 30 de Maio de 2012 às 06:25
Por: Renata Neves

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Inicialmente previstos para ontem (28), os depoimentos dos filhos da ex-coordenadora da Conta Única do governo do Estado, Giovani e Giuliano Curvo Muniz, foram adiados para amanhã (31). O advogado responsável pela defesa de ambos, Roger Fernandes, alegou que seus clientes não compareceram à Delegacia Fazendária (Defaz) porque não haviam sido formalmente intimados.

“Na semana passada, a delegada Cleibe disse que marcaria o depoimento deles para esta semana, mas não foi encaminhada nenhuma intimação oficial”. Giovani e Giuliano foram convocados pela delegada Cleibe Aparecida de Paula para prestarem esclarecimentos sobre seus patrimônios, já que, segundo sua mãe, Magda Mara Curvo Muniz, eles são os proprietários de duas casas onde reside, avaliadas em aproximadamente R$ 1 milhão cada. Apesar disso, eles não fazem parte do rol de investigados por suposta participação no esquema.

A polícia investiga suposto enriquecimento ilícito da família, já que Magda é apontada como a mentora do esquema que culminou em desvios superiores a R$ 12,9 milhões da Conta Única do governo. Segundo Cleibe de Paula, a ex-servidora ampliou consideravelmente seu patrimônio em um período de cinco anos.

Embora confirme a presença de seus clientes na quinta-feira, o advogado Roger Fernandes diz que não concorda com a intimação de Giovani e Giuliano. “Eles não são investigados e nem mesmo são servidores da Secretaria de Fazenda, por isso não há razão para serem intimados para prestar informações no inquérito que investiga o rombo nos cofres do governo”.

Para Fernandes, a delegada deveria abrir um novo inquérito para investigar as suspeitas de enriquecimento ilícito. “Não vamos permitir que uma investigação sobre enriquecimento ilícito seja realizada nos autos do rombo”.

O advogado afirma ainda que os patrimônios de Giovani e Giuliano são perfeitamente compatíveis com os bens que possuem e que tudo foi devidamente declarado no imposto de renda. Engenheiro florestal de formação, Giuliano Curvo Muniz é proprietário de uma empresa de comunicação visual e reside em Sinop. Segundo Magda, ele é o proprietário da residência onde ela mora, em um condomínio fechado da Capital, e também é o responsável pelo pagamento de suas despesas.

Em 2010, ele foi preso e teve os bens sequestrados durante a operação “Jurupari”, deflagrada pela Polícia Federal para investigar fraudes na emissão de plano de manejo com o objetivo de legalizar madeira extraída de áreas ilegais, como reservas indígenas e unidades de conservação.






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