O ex-governador de Massachusetts deve conquistar 91 dos 155 delegados em disputa no estado, ultrapassando a marca dos 1.144 delegados necessários para receber a indicação do partido, segundo a CNN.
A escolha do candidato republicano foi um processo longo e sinuoso. Ao longo dos últimos meses sucessivos pré-candidatos conservadores vêm desistindo, abrindo caminho para o moderado Romney.
Mitt Romney durante evento do partido Republicano em Las Vegas, nesta terça (29) (Foto: AP)
O próprio Romney não foi ao Texas nesta terça. De olho na eleição geral de novembro, ele fez campanha em Las Vegas na companhia de um ex-pré-candidato conservador, Newt Gingrich, e do magnata imobiliário Donald Trump.
A vitória no Texas acaba de vez com o risco de uma rebelião conservadora contra Romney na convenção partidária, como Gingrich ameaçou fazer quando a disputa ainda estava acirrada. "Significa que ele está blindado", disse o estrategista republicano Ron Bonjean.
E significa também que a campanha de Romney pode começar a escalar oradores para o evento e a negociar uma plataforma política com o Comitê Nacional Republicano.
A definição oficial da candidatura marca também o início da fase mais intensa da campanha eleitoral, com duração de cinco meses, embora a campanha de Obama já venha nas últimas semanas lançando ataques online contra Romney por causa do seu passado como executivo do setor financeiro.
Republicanos e democratas estão virtualmente empatados nas pesquisas e também na arrecadação de fundos para a campanha, o que significa que haverá uma divisão bastante equitativa do espaço publicitário nas TVs (nos EUA, todos os anúncios eleitorais são pagos).
Estratégia
Para Romney, a principal estratégia é atacar Obama pela fraca recuperação econômica dos últimos anos. As pesquisas indicam que o eleitorado de fato acha Romney mais bem preparado do que Obama para lidar com a economia.
Derrotado nas prévias republicanas de 2008, quando o candidato foi o senador John McCain, Romney disse à colunista Peggy Noonan, do Wall Street Journal, que existe hoje "um grau muito maior de ansiedade" com relação à economia do que há quatro anos.
"As pessoas (estão) muito menos confiantes com a segurança dos seus empregos, menos confiantes com as perspectivas para os seus filhos", afirmou.
(*) Com informações das agências de notícias France Presse e Reuters.
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