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Terça - 29 de Maio de 2012 às 08:00
Por: Renata Neves

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Concorrendo ou não à prefeitura de Cuiabá na eleição municipal deste ano, o empresário Mauro Mendes (PSB) descarta a hipótese de disputar o governo do Estado nas eleições de 2014. Se efetivar sua candidatura a prefeito, o socialista garante que permanecerá à frente do Palácio Alencastro até o fim de seu mandato.

“Ser ou não ser candidato a governador vai depender muito dos resultados que apresentar em Cuiabá, afinal, até hoje ainda não tive a oportunidade de ser um administrador público. Antes de sonhar em ser governador, tenho que entregar resultados concretos para a sociedade cuiabana. Antes disso, não dá para cogitar essa hipótese”, declarou o socialista, após reunião do “Movimento Mato Grosso Muito Mais”, realizada na manhã de ontem, no escritório político do senador Pedro Taques (PDT).

Além de ressaltar a importância de “mostrar trabalho”, Mendes acredita que ficar de fora do pleito municipal, principalmente levando-se em conta um cenário em que lidera as pesquisas de intenções de voto, pode inviabilizar eventual projeto ao governo do Estado. “Reconheço que uma ausência de um momento como esse pode inviabilizar um momento futuro”.

Apesar das declarações, o empresário ainda evita falar oficialmente como candidato e reforça o argumento já apresentado em outras oportunidades de que, para concretizar o projeto, necessita vencer alguns “obstáculos” existentes no campo pessoal e profissional. Segundo ele, sua decisão oficial será anunciada na primeira quinzena de junho.

“Se serei ou não candidato vai depender de alguns pontos que ainda estão sendo construídos, mas a minha vontade é ser prefeito de Cuiabá”.

Unidade – Representantes do PDT, PSB, PPS e PV negaram as informações de que o “Movimento Mato Grosso Muito Mais” estaria rachado por conta dos diálogos mantidos por Mauro Mendes com outros partidos políticos, que teriam “incomodado” os demais membros do grupo, e reforçaram que a unidade entre os partidos será mantida nas eleições municipais.

Entre os partidos procurados por Mendes, estão o PMDB, o PR e o DEM. O empresário, no entanto, garante que todos os integrantes do movimento estavam cientes de que as conversas seriam mantidas.

“Não abri negociação com nenhum partido, abri diálogo com eles. Todos os pares aqui sabiam disso. Eles já haviam sido informados em duas reuniões formais que fizemos, assim como eu também tinha conhecimento de que o PPS ia abrir diálogo com o DEM, o PV com o PR e o PDT com o PT. O diálogo político é normal e necessário para a atividade que estamos desenvolvendo”.

Principal liderança do PDT, o senador Pedro Taques não polemizou a questão e admitiu que o grupo pode agregar outros partidos, mas disse que isso será decidido após reunião entre seus membros. “Precisamos entender que aqui é um grupo com quatro partidos, que vão discutir coligações, nomes...”

O médico Kamil Fares, que chegou a ser lançado como pré-candidato do PDT à prefeitura da Capital, ante a indefinição de Mendes, admitiu a existência de “ruídos” no grupo por conta dos diálogos abertos por Mauro, mas minimizou a questão. “Política é igual casamento. A partir do momento que você passa a flertar fora, causa ruído, mas em momento algum houve intenção de separar os quatro partidos”.

Na reunião, também ficou definido que cada um dos partidos do grupo apresentará uma lista dos 30 municípios que classificam como prioritários. A situação em cada um será discutida posteriormente para decidir em quais deles o grupo poderá caminhar junto.





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