O ex-deputado distrital Júnior Brunelli se entregou à polícia no domingo em Brasília. Ele, que ficou conhecido durante o escândalo do Democratas na capital, estava foragido desde sexta-feira, quando teve a prisão temporária decretada por suspeita de desvio de dinheiro público. Brunelli e outras três pessoas foram presas acusadas de desviar dinheiro de emendas parlamentares que seria usado em programas para idosos. As informações são do Bom Dia Brasil.
O ex-deputado ficou conhecido depois de ser flagrado recebendo propina de Durval Barbosa, delator do esquema do mensalão do Democratas de Brasília. Em outro vídeo, Brunelli aparece comandando a chamada "oração da propina". Os presos vão responder por crimes como lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O mensalão do DEM
O chamado mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em sua defesa, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". Em meio ao escândalo, ele deixou o Democratas.
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
Acusado de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do caso, Arruda foi preso preventivamente em fevereiro de 2010, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, que ainda o afastou do cargo de governador. Ele ficou preso por dois meses e, neste período, teve o mandato cassado por desfiliação partidária.
O caso aguarda denúncia do Ministério Público Federal e tramita no STJ.
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