Uma operação da Polícia Federal (PF) do Pará cumpriu mandados de busca e apreensão em madeireiras de três municípios de Mato Grosso. Conforme a PF, uma quadrilha, que atuava também no Pará e em Minas Gerais, extraía e contrabandeava madeira de áreas protegidas.
Na manhã de ontem (6), a PF deflagrou a operação Térmita II, para desarticular a organização criminosa que vinha extraindo, de forma clandestina, madeira de área protegidas, bem como burlando os sistemas de controles ambientais.
Por volta de 140 policiais federais cumpriram 44 mandados, deferidos pela 9º Vara Federal de Belém do Pará, especializada em crimes ambientais, sendo sete de prisão preventiva, 16 de condução coercitiva.
Foram emitidos 21 mandatos de busca e apreensão em sedes de madeireiras e residências dos investigados nos municípios e Alta Floresta, Várzea Grande e Colniza, em Mato Grosso. Outros mandatos também foram expedidos para Belém do Pará, Altamira, Uruará, Itaituba, Santarém e Alenquer, no Pará, e Juiz de Fora em Minas Gerais.
A quadrilha atuava fraudando a obtenção e comercialização de créditos florestais no SISFLORA e DOF-Documento de Origem Florestal, (sistemas de controle florestal). As investigações tiveram início há cerca de um ano, decorrentes de denúncias oriundas da Corregedoria da Secretaria de Meio Ambiente paraense.
Os investigados serão indiciados pelas práticas de crimes ambientais, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e concussão. Dentre os alvos da operação estão três servidores da SEFA - Secretaria de Estado da Fazenda do Pará e outros dois da SEMA - Secretaria de Estado de Meio Ambiente, além de empresários.
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