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Sexta - 25 de Maio de 2012 às 09:00

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Marcelo Sayão - 11.mar.2012/Efe
Marin (esq.) conversa com Mano Menezes durante a convocação da seleção brasileira
Marin (esq.) conversa com Mano Menezes durante a convocação da seleção brasileira

O técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, passou de avaliador a avaliado.

A série de quatro amistosos, que começa amanhã contra a Dinamarca, deveria ser uma prova para os 23 convocados, que lutam por 18 lugares na lista da Olimpíada.

Não deixa de ser. Mas virou também um teste para o professor, sob pressão pública e constante do presidente da CBF, José Maria Marin.

Nas próximas duas semanas, o time nacional enfrenta EUA, México e Argentina.

"Cobrança sempre vai ter", disse o lateral esquerdo Marcelo, ao se apresentar ontem no hotel em Hamburgo (ALE). "A gente sempre apoia o treinador, dá o máximo, faz de tudo para que ele fique."

Se os resultados da era Mano fossem computados num sistema de pontos corridos, o cenário seria positivo: 21 jogos, três derrotas, 72% dos pontos, o suficiente para ganhar um Brasileiro.

A seleção não perde há oito jogos, com oito vitórias. Por outro lado, o time fracassou sempre que foi exigido a sério: não passou pelo Paraguai nas quartas da Copa América e perdeu os amistosos mais duros, contra Argentina, França e Alemanha.

A troca de comando na CBF tampouco ajudou o treinador.

Imediatamente após o vexame dos pênaltis perdidos na Copa América, em julho do ano passado, Ricardo Teixeira tornou público seu respaldo ao técnico.

O mesmo ocorreu um mês depois, quando a seleção perdeu para a Alemanha. como visitante, na pior exibição sob o comando de Mano.

O ex-presidente ainda contratou o corintiano Andres Sanchez para ser diretor de seleções, alguém para servir de anteparo ao treinador.

José Maria Marin faz exatamente o contrário e afirma com frequência que a continuidade do técnico depende de resultados da equipe.

VETO A RONALDINHO

Há pouco mais de dois meses na presidência da CBF, Marin expôs Mano e Andres a constrangimentos impensáveis na era Teixeira.

Pediu para ver as convocações com 48 horas de antecedência, vetou o flamenguista Ronaldinho na Olimpíada e duvidou publicamente dos critérios adotados pelo treinador --disse conhecer "todos os truques".

"Pressão sempre vai ter, seleção é resultado", disse o zagueiro Thiago Silva, sobre as cobranças de Marin. "Tudo pode acontecer, a gente [jogadores] também pode não voltar mais à seleção."

O capitão disse que ainda não conversou com o cartola. "Mas, pelo que vi e li, ele parece ser uma pessoa tranquila, com quem se pode falar a respeito de todas as coisas." 






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