Indígenas não pagam nada pela vacina, que é doada pelo estado. Aplicação é feita pelos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária de MT.
Em MT, técnicos visitam aldeias indígenas e vacinam o gado

O pecuarista Luiz Zenezokemae foi o primeiro a criar gado na aldeia Salto da Mulher, da etnia pareci, que fica em Sapezal, no oeste de Mato Grosso.

Luiz começou com a atividade há seis anos com 15 cabeças e com algum investimento e muito trabalho, já tem 35 animais. Ele também não se descuida da vacinação contra a febre aftosa.

O mesmo cuidado tem Valdomiro Nezokenae, que vive em outra aldeia, da etnia irantxe. Por enquanto, o gado que ele cria atende ao consumo da família. Os animais, de zero a dois anos, estão sendo vacinados.

O trabalho não é fácil. As aldeias são distantes umas das outras e falta mão de obra qualificada. Os próprios vacinadores ajudam a prender o gado.

Entre as quatro aldeias que têm criação de gado no município de Sapezal, o rebanho é pequeno, são cerca de 150 cabeças, número que varia e dificulta fazer o controle, mas apesar das dificuldades, a vacinação do rebanho nas aldeias é mantida em dia, nas duas campanhas, de maio e de novembro.

Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país, são 29 milhões de cabeças. Nesta etapa da campanha, 12 milhões de animais devem ser vacinados.