Confinamento de gado cresce 688% em Mato Grosso nos últimos sete anos
O confinamento de gado está mesmo em forte crescimento em Mato Grosso, motivado por um conjunto de fatores como a “morte” do capim Brachiaria Brizantha em praticamente 8% dos 26 milhões de hectares de pasto no Estado, o avanço da agricultura sobre pastagens degradadas e aumento significativo na oferta de milho, cuja produção bate recordes anuais.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), somente nos últimos sete anos o confinamento de gado no Estado cresceu 688,9%, saindo das 117,9 mil cabeças em 2005 para 929,9 mil animais em 2012. Os dados constam do último boletim da bovinocultura elaborado pelo Imea.
Conforme o instituto, o grande rebanho do Estado, assim como a natureza econômica da atividade de ciclo completo em Mato Grosso, proporcionou a grande expansão da terminação em sistema intensivo.
“Outro fato que possibilitou o aumento da atividade é o Estado se posicionar como grande produtor nacional de grãos”, ressalta o boletim.
O gráfico (ao lado) elaborado pelo Imea mostra a evolução do rebanho confinado no Estado neste ciclo de sete anos. Entre 2006 e 2007 houve significativo aumento, saltando de 180 mil para 426 mil cabeças. Em 2010, aconteceu uma redução do rebanho confinado, ainda efeito da crise que refletia nos baixos preços pagos pela arroba do boi gordo. No entanto, a atividade retornou ao passo de expansão, com uma expectativa de aumento de 56,9% desde aquele ano e a expressiva evolução de 688,9% desde o ano de 2005.
“Neste contexto, como o Estado possui todos os ingredientes como: grãos, atividade de cria e frigoríficos, a expectativa é de crescimento da atividade, contribuindo para a intensificação da pecuária de corte”, finaliza o boletim do Imea.
Os investimentos no sistema intensivo de terminação devem aumentar, principalmente, nas regiões produtoras de grãos, sendo reflexo dos bons resultados alcançados pela agricultura, justamente nas regiões onde se registrou o maior crescimento do confinamento no último ano.
A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) prevê crescimento de até 15% do volume de bovinos a serem engordados no confino em todo o país. Segundo o Imea, o porcentual nacional parece estar próximo do cenário visualizado para Mato Grosso.
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