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Cidades/Geral
Quarta - 06 de Novembro de 2013 às 19:32

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O bom momento pelo qual passa o setor da suinocultura no Brasil, sobretudo no Centro-Oeste, não tem poupado a categoria dos entraves provocados pela atuação do Poder Público. O aumento da pauta do milho, políticas públicas mal elaboradas e a elevada carga tributária, por exemplo, ainda comprometem a atividade.


 
E foi no intuito de minimizar o impacto negativo provocado pelo desempenho do Governo do Estado, de promover a discussão e de incentivar a produtividade do setor suinocultor que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso criou a Frente Parlamentar da Suinocultura de Mato Grosso (FPS/MT).


 
O lançamento oficial da FP foi feito pelo deputado estadual Zeca Viana (PDT) durante a abertura do 1º Fórum de Discussões da Suinocultura do Centro-Oeste, nesta terça-feira (05) à noite. O fórum acontece no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá, até hoje (06).


 
Zeca Viana será o vice-presidente da Frente Parlamentar da Suinocultura. O projeto de resolução que criou a Frente foi apresentado pelo deputado Romoaldo Junior (PMDB) - que ocupará o cargo de presidente da FPS.


 
Agora, disse Viana, a FPS atuará em ações preventivas “para evitar sinais da crise como a que se instalou no setor ano passado”. Conforme explicou Zeca Viana, em 2012, foi preciso atuar para reduzir a pauta do milho.


 
“Pode-se dizer que a produção de suínos está umbilicalmente ligada à produção do milho, que junto com a soja são as principais fontes de alimentação do animal. Contudo, no ano passado, o Governo do Estado taxou a transação milho em 17%. Conseguimos anular a taxação; hoje a atividade trilha um bom caminho”, pontuou Viana.


 
Alavancar a atividade e apoiar os criadores de suínos nas horas de crise, garantiu o parlamentar ruralista, serão atribuições dos deputados que vão compor a FPS. “Com os parlamentares atentos e acompanhando a atividade será possível buscar mecanismos para impulsionar ainda mais o setor da suinocultura em Mato Grosso”, falou.


 
O presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Paulo Lucion, acredita que a atuação da Frente será primordial, principalmente, na regulamentação da política de defesa sanitária.


 
“A suinocultura passa por momento de recuperação. Sofremos por dois anos com a crise e agora estamos nos recuperando. E, por isso, precisamos que o Governo do Estado e o Governo Federal nos vejam como uma cadeia importante para o estado e para o país”, ponderou Lucion.


 
Por este motivo, acrescentou, que a FPS/MT tem fundamental e importância e papel-chave. “Temos que trabalhar a regulamentação, mudar a legislação, baixar a carga tributária e incentivar ações”, apontou.


 
Abrindo novos mercados na Europa e no Japão, de acordo com Lucion, o segmento quer produzir uma carne suína cada vez melhor e com preço competitivo ao mercado internacional.


 
MAPA – Já o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, que também participou do lançamento da FPS, disse que o Governo Federal está incentivando a produção suína. De prático, o Governo Federal incluiu a atividade no Plano Safra que oferece incentivos aos produtores na ordem de R$ 136 bilhões.


 
Inserir a suinocultura à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) também faz parte das ações do Governo Federal. “Estamos atuando para colocar a suinocultura, ainda este ano, sob o voto do Conselho Monetário Nacional. Assim, a atividade entrará em vigor já no próximo ano”. Outro programa importante, o de Acesso à Inovação Tecnológica, disponibilizou R$ 1 bilhão para automação da propriedade.


 
“Temos muitas ações para alavancar a produção. E é justo, pois o que dá a sustentabilidade econômica ao país é o setor produtivo. E fazer política para agregar valor à produção, até não se resolva a questão da logística, é o mais justo”, afirmou Geller.


 
MATO GROSSO – Conforme dados das Acrismat, a suinocultura do Mato Grosso deve registrar, nos próximos anos, um dos maiores crescimentos no país. O Estado tem hoje o quinto maior rebanho brasileiro e o maior da região Centro-Oeste, com um plantel de 1,5 milhão e 130 mil matrizes.


 
A suinocultura mato-grossense emprega diretamente oito mil pessoas e outras vinte e cinco mil indiretamente. No ano passado, Mato Grosso exportou 11,78 mil toneladas de carne suína, com uma receita de US$ 25,335 milhões.
 


 
A expectativa do setor é de crescer a produção em 2014 e centrar sua preocupação atual no desafio da demanda por mais qualificação de mão-de-obra.


 
Também participaram do lançamento da Frente Parlamentar da Suinocultura o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes e representantes da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), da Associação Goiana de Suinocultores (AGS), da Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin), da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), da Associação Paranaense de Suinocultores (APS) e da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).





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