Para Defaz, ex-coordenadora era a mentora intelectual do crime
Apesar de Magda Curvo negar participação no esquema de desvio de recursos da Conta Única do Estado, a delegada fazendária Cleibe Aparecida de Paula afirma que os fatos indicam que a ex-servidora da Sefaz era a mentora intelectual do crime e que ela foi beneficiada com parte do montante desviado, tendo aumentado consideravelmente seu patrimônio e padrão de vida em um período de cinco anos.
Questionada se Magda ficava com 80% dos valores pagos indevidamente, como informou o ex-servidor Edson Rodrigo Ferreira Gomes em depoimento, Cleibe disse que ainda não possui essa informação. “Ainda não temos essa percentagem, porque vamos investigar possível crime de lavagem de dinheiro após a conclusão deste inquérito”.
A delegada também não confirmou as informações de que o montante desviado pode chegar a R$ 200 milhões. “A gente trabalha com as informações repassadas pela Auditoria Geral do Estado, de que a fraude resultou no desvio de R$ 12,9 milhões”.
Segundo ela, todas as informações colhidas estão sendo encaminhadas para a Promotoria do Patrimônio Público, a quem cabe a responsabilidade por determinar medidas para garantir a restituição do erário público. “De qualquer forma, no momento certo também vamos representar pelas medidas cautelares”.
Segundo o delegado Rogério Modelli, cabe ao Ministério Público a responsabilidade de pedir o ressarcimento dos recursos desviados dos cofres públicos, no entanto na área criminal a polícia pode pedir sequestro dos bens dos acusados.
Os envolvidos no esquema são investigados pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e eventuais crimes contra a administração pública. Aproximadamente 15 pessoas ainda serão ouvidas e a expectativa é de que o inquérito seja concluído em 20 dias. (RN)
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