Após fortes quedas, Facebook ensaia recuperação na Bolsa
O Facebook ensaia uma recuperação na Bolsa nesta quarta-feira depois de enfrentar dois dias seguidos de forte queda. As ações da rede social chegaram a alcançar a máxima de US$ 32,50 e, por volta das 13h20, eram negociadas a US$ 31,83, alta de 2,44%.
No mesmo horário, a Bolsa de tecnologia Nasdaq, onde estão listadas as ações do Facebook, caia 1,43% em um dia marcado por turbulência nos mercados por temores sobre a Europa.
O valor alcançado nesta quarta-feira é ainda bem inferior ao preço mínimo estipulado para a estreia da companhia na Bolsa, de US$ 38. Depois de frustrar os investidores no primeiro dia de negociação, com alta de 0,6%, os papéis amargaram quedas de 11% e 8,9%.
O desempenho da empresa na Bolsa foi afetado pela revelação de que os bancos participantes da negociação da abertura de capital revisaram para baixo a previsão de receita dias antes do início da oferta. Nesta quarta-feira, fontes indicaram ainda que o próprio Facebook orientou as instituições financeiras a rever as estimativas.
As acusações levaram investidores a processar os bancos, além da rede social e seu fundador, Mark Zuckerbeg. Autoridades dos EUA sinalizaram que devem investigar as decisões do processo de abertura de capital.
A entrada do Facebook foi um dos eventos mais aguardados por investidores em todo o mundo. As especulações sobre uma oferta inicial de ações começaram há mais de um ano.
REPERCUSSÃO
A repercussão do negócio contribuiu para criar uma forte demanda pelos papéis da empresa na reta final do processo de abertura de capital. Diante da procura, o Facebook elevou o número de ações oferecidas e definiu o preço máximo do intervalo previsto no prospecto.
A oferta foi uma das maiores já registradas nos EUA e rendeu à empresa mais de US$ 16 bilhões. O negócio elevou para mais de US$ 100 bilhões o valor de mercado da rede social.
O Facebook tem hoje mais de 900 milhões de usuários e, embora já tenha demonstrado sua capaciade em gerar receitas, levantou dúvidas sobre a manutenção do ritmo do crescimento no último trimestre. No período, o lucro recuou 12% em relação ao ano anterior.
A empresa surpreendeu investidores ao revelar, dias antes da estreia na Bolsa, que sua receita pode ser prejudicada com mais usuários migrando para dispositivos móveis, onde anúncios publicitários enfrentam mais resistência.
Com agências de notícias
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