Os colégios eleitorais foram abertos às 8h locais (3h de Brasília) desta quarta-feira para iniciar o primeiro turno das históricas eleições presidenciais egípcias. Essa etapa do processo é desdobrada em dois dias, sendo concluída na quinta-feira.
Mais de 50 milhões de egípcios estão convocados às urnas para escolher o primeiro presidente da democracia no país, em um pleito no qual partem como favoritos dois islamitas e dois ex-altos cargos do regime de Hosni Mubarak.
Os eleitores poderão depositar seu voto até as 20h locais, quando os colégios fecharão suas portas no primeiro dia de votação. Em caso de necessidade, o segundo turno acontecerá em 16 e 17 de junho.
No total, 14.500 juízes estão encarregados de supervisionar a votação em 13.099 colégios eleitorais, assistidos por mais de 65 mil funcionários, enquanto centenas de ONG egípcias e estrangeiras farão o acompanhamento das eleições.
As Forças Armadas e a Polícia se desdobraram para garantir a segurança ao redor dos colégios eleitorais, em frente aos quais se formaram longas filas já duas horas antes do início do processo.
Junto ao colégio de ensino médio Abdin al Sanawat, no centro do Cairo, uma grande fila de homens e mulheres esperava pacientemente a sua vez para votar em um ambiente de total normalidade.
O advogado Farid Abu Shari explicou à Agência Efe que pensava em votar no ex-secretário-geral da Liga Árabe e ex-ministro das Relações Exteriores Amr Moussa, porque "o país precisa de experiência".
Já Amira, de 35 anos, que esperava a sua vez ao lado de sua irmã Nada, confessou que votará no último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmed Shafiq, que se apresenta como o candidato da continuidade, "porque é um homem muito inteligente e tem muita experiência".
Junto a Shafiq e Moussa, o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, despontam como favoritos para passar ao segundo turno.
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