Um imigrante chinês que matou a facadas, decapitou e comeu parte do corpo de um passageiro ao seu lado em um ônibus de viagens no oeste do Canadá, há quatro anos, pensou que estava atacando um alien, de acordo com um advogado especializado em saúde mental que o entrevistou, segundo informações da agência AP.
Em 2008, Vince Li foi desconsiderado como criminalmente responsável por causa de sua saúde mental pela morte de Tim McLean, 22 anos, que estava ao seu lado em uma viagem. McLean estava de olhos fechados e ouvindo música, quando subitamente Li se levantou e começou a esfaqueá-lo. Depois que o ônibus parou e os demais passageiros fugiram, o chinês cortou pedaços do corpo de McLean e os comeu, além de exibir a cabeça da vítima aos passageiros que já haviam deixado o veículo.
Vince Li foi então foi preso em uma instituição para presos mentalmente incapazes. Incialmente proibido de deixar o local, uma revisão de uma comissão criminal permitiu que o imigrante tivesse passeios escoltados fora da prisão e a lugares nas proximidades da cidade próxima de Selkirk. A medida gerou polêmica na região.
Por isso, Chris Summerville, médico especializado em esquizofrenia, teve uma entrevista com o paciente. Summerville já vem conduzindo entrevistas com Li há quatro anos. Segundo o médico, o chinês sente remorso pelo ato, além de uma sensação de tormento. "Ele entende agora que a esquizofrenia é uma doença mental que prega peças no cérebro. Ele sabe que a medicação funciona para manter as "vozes" ausentes", afirmou.
Summerville divulgou uma entrevista conduzida com Li em que ele narra o que aconteceu o incidente. O médico diz que o paciente estava procurando por aliens, e a "voz de Deus" lhe disse que McLean era um alien que precisava ser destruído, antes que Tim destruísse outras pessoas, de acordo com a AP.
Vince Li reconhece o medo das pessoas, mas afirma que não representa risco para ninguém, segundo o especialista em esquizofrenia, que ouviu o paciente dizer que "não acredita em aliens, e não ouve vozes". Ele toma sua medicação todos os dias, e por isso não ouve mais nenhuma voz. Summerville acrescentou que o imigrante gostaria de ser perdoado, apesar de reconhecer que isso seria difícil.
Li deixou a China e emigrou para o Canadá em 2001, ganhando a cidadania canadense quatro anos depois.
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