Após uma semana de greve, docentes da UFMT aguardam diálogo
Com as atividades paralisadas há uma semana, os 1.600 docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), até o momento, não receberam nenhuma proposta por parte do governo federal que possa colocar fim ao movimento grevista. A expectativa fica por conta de uma reunião entre o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, com representes da Associação Nacional (Andes), prevista para esta quinta-feira, mesmo dia em que acontece assembléia geral da categoria, em Cuiabá.
“Até agora não houve nenhum avanço”, informou o presidente da Adufmat, professor Carlinhos Eilert. Segundo ele, até ontem pela manhã 40 federais haviam aderido à paralisação nacional. Ao todo são 64 instituições.
No Estado, são aproximadamente 20 mil estudantes sem aula. Entre eles, Thiago Magalhães, de 18 anos, que faz o 3º semestre de Engenharia Civil, e as colegas Érica Patrícia Paiva, de 19, e Celina Arruda e Silva, 20, ambas do 2º semestres do curso de Engenharia Florestal.
Apesar de se sentirem prejudicados, eles apóiam o movimento. “Os professores são a base para a formação de um bom profissional em qualquer área e educação de qualidade também se faz com bons salários”, acredita Thiago.
Já Celina Arruda lembra que a categoria luta ainda por melhores condições de trabalho. “Muitos laboratórios estão sucateados e faltam equipamentos, o que prejudica o ensino”, aponta.
A categoria alega que o governo federal não cumpriu o acordo assinado na campanha salarial em 2011, que garantia 4% de reajuste e incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas), além da flexibilização do debate sobre a reestruturação da Carreira Docente.
Os professores também cobram o piso do Dieese (R$ 2.329,35) para início de carreira (20 horas). O valor pago hoje é de apenas R$ 557,51. Sobre a carreira, reivindicam 13 níveis, com 5% de reajuste no interstício entre eles. Querem ainda que os aposentados sejam incluídos nessa nova carreira.
TÉCNICOS – Os mais de três mil técnicos da UFMT também podem entrar em greve a partir do dia 11 de junho. De acordo com a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores (Sintuf), Ana Bernadete de Almeida Nascimento, o governo federal deixou de cumprir acordos firmados na greve de 2007 como o pagamento do vencimento básico complementar ao plano de carreiras.
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