UFMT fará balanço sobre primeira semana de greve
Em greve desde a última quinta-feira (17) para pressionar o cumprimento de acordo firmado no ano passado que previa o aumento salarial de 4%, além da incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) e reestruturação da carreira, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vai divulgar, nesta quarta-feira (23), o primeiro balanço da paralisação que atinge cerca de 20 mil alunos. Até o momento, neste 6º dia de greve, 43 das 59 universidades organizadas na base pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) já aderiram ao movimento grevista nacional.
No balanço, a instituição vai divulgar a situação da greve nos campi de Cuiabá, Sinop e Barra do Garças, que são ligados à Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat). A coletiva está marcada para as 15h, na sede da seção sindical, localizada dentro do campus da universidade, em Cuiabá. Conforme a assessoria da Adufmat, a reitoria Maria Lúcia Cavalli Neder confirmou presença na assembleia de quinta-feira e o Andes divulgou carta à sociedade explicando os motivos da greve.
Também está agendada para esta quarta-feira a primeira reunião com o governo federal após a deflagração da greve. Conforme o Andes, haverá uma reunião com o Ministério da Educação (MEC) às 17h que foi chamada pelo secretário Amaro Lins, da Secretaria de Educação Superior (Sesu).
A greve foi deflagrada após assembleia realizada na no início da semana passada quando 153 docentes votaram em favor de paralisarem as atividades contra 3 que eram contrários à medida. A decisão foi mantida mesmo após a publicação no Diário Oficial da União (DOU) de Medida Provisória que reajusta os salários dos servidores federais foi capaz de impedir a paralisação. À ocasião, a grande maioria dos professores presentes a sede da Adufmat, classificou a medida, após 1 ano de tramitação no Congresso Nacional, como um sinal de medo e uma tentativa de sabotar o movimento de valorização dos docentes.
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