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Terça - 22 de Maio de 2012 às 19:43

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Após quase três horas de negociações com o governo por melhores condições de ensino, uma comissão de acadêmidos da Universidade do Estado de Mato Grosso garantiu a suspensão, por 60 dias, de uma mobilização prevista para esta quarta-feira e que, segundo eles, teria sido aprovada no último congresso.

As principais reivindicações são a realização de novo concurso para admissão de professores, investimentos em infraestrutura para a graduação – principalmente nos laboratórios, aumento do atual  número de bolsas e garantia da manutenção do orçamento da Unemat. Para 2012, ele está na casa dos R$ 180 milhões. A universidade tem cerca de 15 mil alunos, 1.080 professores – dos quais 660 interinos – e R$ 125 milhões para custeio.

Segundo o reitor Adriano Aparecido Silva, a pauta de ações da universidade “casa” com as reivindicações dos estudantes. Ele apresentou documento protocolado junto ao governo, no início do mês, pedindo a realização de concurso público em caráter emergencial para contratação de professores. Sem interrupções, o processo dura cerca de seis meses. “Outra necessidade urgente é a infraestrutura para a graduação, cem por cento financiada pelo Estado”, observou o reitor.

O secretário de Estado de Administração, Cesar Roberto Zilio, disse que as necessidades da Unemat não são novidades para o governo e que tanto o concurso quanto os investimentos em infraestrutura estão sendo encaminhados. “Pretendemos, até o final do mês, ter o processo do concurso finalizado, inclusive tratando do edital”, garantiu Zilio. Ao final do encontro, os universitários garantiram aguardar por 60 dias o desfecho dessas ações.

A reunião foi conseguida pelo vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Wagner Ramos, depois que o republicano ficou sabendo da iminência de mobilização e possível paralisação dos universitários. “A coisa aconteceu de forma providencial. Eu sabia que essas necessidades dos estudantes estavam sendo trabalhadas pelo governo e nossa reunião mostrou isso”, disse o parlamentar.

Segundo Adriano Silva, a Unemat tem R$ 18,5 milhões em caixa para serem investidos em laboratórios, caminhões para pesquisa, rede de energia, mobiliário, redes de serviços, computadores, elaboração de projetos e energia para toda a Unemat. Neste último caso, a prioridade será para Sinop por uma “questão emergencial”. As negociações com o governo duraram até o fim da tarde de segunda-feira (21). Também participaram do encontro o deputado Dilmar Dal’Bosco, o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, e a secretária de Ciência e Tecnologia, Áurea Regina.






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