Ex-diretor pediu R$ 170 mil para regularizar hotel, diz empresário
O empresário Oscar Maroni disse que Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor responsável pela aprovação de empreendimentos médios e grandes de São Paulo, pediu R$ 170 mil de propina para regularizar um hotel em Moema. Ele prestou depoimento hoje ao Ministério Público de São Paulo.
Maroni é dono da boate Bahamas, interditada pela prefeitura por suspeita de ser uma casa de prostituição, e do Oscar"s Hotel, fechado após o acidente com o avião da TAM, em 2007, acusado de interferir na rota dos aviões que pousam e decolam no aeroporto de Congonhas.
Maroni também havia falado à Folha, na semana passada, sobre o pedido de propina de Aref, mas pediu que nada fosse publicado.
Aref, como é conhecido o ex-diretor do Aprov (Departamento de Aprovação das Edificações), adquiriu 106 imóveis nos pouco mais de sete anos em que dirigiu o setor, como a TV Folha revelou na semana passada.
Ele deixou o cargo no mês passado, após o Ministério Público e a Corregedoria Geral do Município começarem a investigá-lo por suspeita de corrupção.
Nesta semana, a Promotoria deve ouvir também pessoas que venderam imóveis a Aref.
O advogado Augusto de Arruda Botelho, defensor de Aref, disse que seu cliente "nega veementemente essa acusação" de pedido de propina.
"Além do mais, tendo como acusador um cidadão condenado criminalmente [Maroni], que pode estar dizendo essas inverdades para tentar obter algum benefício no Ministério Público", afirmou Botelho.
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