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Variedades
Segunda - 21 de Maio de 2012 às 20:07
Por: Thaisa Pimpão

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“As mulheres devem evitar se vestir como vadias, para não serem vítimas de violência sexual”. A afirmação foi feita pelo policial Michael Sanguinetti, no início do ano passado, enquanto falava com estudantes sobre segurança pessoal nas dependências de uma universidade no Canadá. Mal sabia ele que a infeliz declaração teria repercussão internacional. Em Cuiabá, centenas de pessoas se preparam para ir às ruas, em 2 de junho, visando aumentar o grito de basta à violência contra a mulher.

 
A onda de protestos “SlutWalking” ganhou o mundo e chegou ao Brasil com o nome “Marcha das Vadias”. O movimento defende que as mulheres têm o direito sobre o seu corpo e sobre o que vestem, além de criticar a ideia cultural de que é aceitável culpar a vítima.
 
Os casos de violência contra as mulheres são realidade nos quatro cantos do mundo. A criação de leis que amparam essa camada dasociedade contribui para mudar a situação, mas ainda há muito a ser feito. De janeiro a março deste ano, segundo dados do governo brasileiro, a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) efetuou 201.569 atendimentos e, desse total, 24.775 foram relatos de violência física, psicológica, moral, patrimonial e sexual – tipos enquadrados na Lei Maria da Penha.
 
Além disso, de acordo com o “Mapa da Violência no Brasil 2012”, estudo coordenado pelo sociólogo Júlio Jacobo, que atuou em parceria com da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO) e do Instituto Sangari, Mato Grosso é o 9º estado do país em número de assassinatos de mulheres.
 
A Marcha da Vadias em Cuiabá faz parte das atividades do Encontro Regional dos Estudantes de Serviço Social (ERESS), que este ano será realizado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O protesto é organizado na rede social Facebook e já tem a confirmação de participação de mais de 600 pessoas. A concentração para a marcha será às 16h, na Praça Maria Taquara, região central de Cuiabá.






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