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Economia
Segunda - 21 de Maio de 2012 às 19:44
Por: Vitor Matos

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (21), durante inauguração da obra de uma ponte em Laguna (SC), que o Brasil está "300% preparado" para os efeitos da crise financeira internacional.

Ela disse ter sido recentemente indagada sobre a capacidade do Brasil de enfrentar as consequências da crise.

"Posso assegurar: nós estamos 100% preparados, 200% preparados, 300% preparados [...]. E esta obra aqui faz parte dessa resistência contra a crise", afirmou, em discurso na cerimônia de assinatura da ordem de serviço da construção da ponte da BR-101 sobre a Lagoa do Imaruí.
 

Dilma durante cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras de construção de ponte na BR-101 (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
Dilma durante cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras de construção de ponte na BR-101 (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)



Para Dilma, o país construiu, ao longo dos anos, uma estabilidade que criou as condições de enfrentar as consequências das oscilações financeiras internacionais. "Antes o mundo espirrava e o Brasil pegava uma pneumonia. Hoje, não pegamos pneumonia", disse a presidente. 

Para justificar, Dilma mencionou as reservas de dólares que o país dispõe, que cresceram desde a eclosão da crise financeira internacional, em 2008 e 2009. Segundo a presidente, as reservas vão permitir ao Brasil continuar expandindo a economia.

Na Europa, a situação tem se deteriorado bastante. E como é que fica o Brasil? O Brasil fica muito bem porque nós não temos os graves problemas que têm Estados Unidos e Europa."
Dilma Rousseff, presidente da República

“Agora, estamos mais fortes que estávamos em 2008 e 2009. Agora, temos U$ 370 bilhões em reservas. Naquela época, tínhamos U$ 205 bilhões. Isso é uma proteção contra o que quer que aconteça no sistema financeiro internacional. Estamos em condições de garantir que nossas indústrias exportem, importem, continuem funcionando", afirmou.

A exemplo do que tem feito nas últimas semanas, a presidente voltou a assinalar as diferenças entre os governos europeus e o brasileiro no combate à crise. Para a presidente, a "situação tem se deteriorado bastante" na Europa, que segundo avaliou, está escolhendo o caminho da recessão, enquanto o Brasil o governo estimula o crescimento.

“Hoje damos mais uma demonstração de que o Brasil é diferente da Europa. A Europa está enfrentando a crise com recessão, a ponto de que alguns países passam por taxas de desemprego que sequer concebemos. Metade dos jovens de lá estão sem emprego. É um absurdo, é uma desesperança. O jovem é o futuro do país. O nosso futuro está preservado. Nós temos um compromisso com a geração de emprego e renda”, disse a presidente.

Para a presidente, conta também em favor do Brasil a capacidade do país de fornecer crédito. Ela fez referência às notícias de que, nos últimos dias, houve uma corrida de europeus aos bancos para sacar dinheiro, com medo de os bancos falirem ou de os governos não terem dinheiro para pagar compromissos.

De acordo com Dilma, o Brasil está longe dessa situação. “Nós não precisamos encostar um um tostão do orçamento para expandir crédito. Nós temos no BC [Banco Central] R$ 400 bilhões a título de depósito que os bancos são obrigados a colocar no BC como garantia do sistema financeiro público e privado. Portanto, temos U$ 400 bilhões pra enfrentar qualquer emergência de crédito”, disse a presidente.






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