A magistrada também determinou a transferência do policial, que estava detido no 10ª Batalhão da Polícia Militar, para a Cadeia Pública de Santo Antônio de Leverger, a 35 km da capital, até o julgamento. Ele estava no batalhão desde o dia 3 de abril deste ano quando foi preso pela suposta prática do crime de duplo homicídio. O PM se entregou à polícia e confessou o crime.
A promotora do Ministério Público Estadual (MPE) Lindinalva Rodrigues Dalla Costa argumentou que o acusado deve permanecer preso por representar risco à sociedade. “Ele representa risco iminente à sociedade e principalmente aqueles que testemunharão em seu desfavor, seja pela sua personalidade agressiva, seja pelo conhecimento de suas práticas delitivas”, declarou. Ela disse ainda que o crime teria sido cometido sem dar chance de defesa para as vítimas.
No despacho, Ana Cristina marcou ainda a audiência de instrução do caso para o dia 6 de junho deste ano, às 13h, no Fórum da capital. A defesa do acusado tem dias para apresentar as alegações iniciais no processo. No mês passado, a defesa tentou a liberdade do acusado, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).
O policial alegou em depoimento à polícia que teria matado o primo Gregório Bezerra Neto e a mulher Maria das Graças Araújo Silva ao, supostamente, vê-los trocando carícias em um sofá. Os dois corpos foram encontrados no mesmo cômodo da casa no dia 28 de março deste ano. Após cometer o crime, Fernando Augusto fugiu com a filha de três anos, mas já a devolveu para a família da esposa ao se apresentar à polícia.
A dona de casa Ana Cristina Bezerra, mãe do rapaz assassinado – primo do acusado - alegou logo após o crime, em entrevista à TV Centro América, que o filho foi morto ao tentar "apartar" a briga do casal. Ela afirmou que o filho tinha medo de ser assassinado pelo policial. “Ele tinha medo. Ele falava que uma hora ia perder a vida por querer apartar as brigas”, lembrou a mãe.
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