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Sexta - 18 de Maio de 2012 às 17:12

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Um laudo de DNA confirmou a identidade de duas das três vítimas do grupo acusado de homicídios e canibalismo, em Garanhuns (PE). O exame foi feito pelo Instituto de Criminalística de Pernambuco e divulgado nesta sexta-feira. As vítimas são as duas mulheres apontadas pela investigação policial, Alexandra da Silva Falcão e Giselly Helena da Silva. Restos da terceira vítima, morta em Olinda e possivelmente Jéssica Camila da Silva, continuam sendo analisados.

Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva estão presos e foram denunciados pelos dois homicídios, furto qualificado, estelionato, falsidade ideológica, ocultação e vilipêndio dos cadáveres de duas mulheres. Além de atrair as vítimas para morte, os três cortavam pedaços do corpo e comiam. Há suspeita que tenham utilizado carne humana no recheio de empadas, que Isabel vendia na cidade do Agreste.

A perita Sandra Santos utilizou fragmentos do fêmur das duas vítimas que foram mortas em Garanhuns. De acordo com ela, o fêmur e o rádio são ossos que guardam grande quantidade de DNA e preferencialmente utilizados na medicina forense. A perita também disse que os restos da vítima encontrada enterrada no quintal em uma casa em Olinda são mais difíceis para identificação de DNA. "Nós já confirmamos que se trata de uma mulher e estamos reunindo uma maior quantidade de DNA para podermos fazer uma identificação positiva", explicou Sandra.

Os ossos da vítima não identificada são curtos, porosos e estavam enterrados desde 2008. Essas características, contou a perita, tornam o trabalho de identificação mais demorado. "O material encontrado pela polícia é composto de ossos das mãos e vértebras, ossos curtos", detalhou.

Os peritos preferem fazer a comparação dos resultados encontrados com parentes em primeiro grau, como pai, mãe, filho ou filha. Em caso de ausência de parentes em primeiro grau, a identificação também pode ser feita por parente mais distante, informou Sandra. Foram recolhidas amostras da mãe de Giselly, Maria Helena da Silva, e do filho de Alexandra.

Os pais e a irmã de Jéssica forneceram material orgânico para se obter o DNA a ser comparado com os restos da vítima exumada em Olinda. O material genético dos parentes de Jéssica serviu para que a Justiça de Garanhuns identificasse a menina que era criada pelo grupo de canibais e apresentada como se fosse filha de Jorge e Bruna. Bruna chegou a utilizar a identidade de Jéssica, mãe biológica da menina que vivia com os três, hoje com cinco anos de idade.

A menina fez o depoimento certeiro para a polícia desvendar os crimes que o grupo cometeu. Quando o delegado de Garanhuns Wesley Fernandes mostrou uma foto de uma das vítimas para a criança, perguntou se ela sabia onde a mulher estava. A menina apontou para a terra do quintal da casa onde morava. 





Fonte: Terra

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