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Repórter News - reporternews.com.br
“Não há orientação suficientemente ampla capaz de nortear a ação do Estado em relação à questão do índio no Brasil”, disse Maggi
“Não há nada no leque de políticas públicas do Governo Federal que possa ser tomado como um conjunto ao menos razoável de medidas tendentes à finalidade indigenista. Não há orientação suficientemente ampla e coesa, capaz de nortear a ação do Estado em relação à questão do índio no Brasil”, disparou o senador Blairo Maggi, durante Audiência Pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA) do Senado Federal, nessa terça-feira (05.11).
O evento foi destinado a discutir a exploração de riquezas naturais, como minérios e madeira, em terras indígenas. Durante a reunião, dois técnicos da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Valdir de Jesus Gonçalves e José Nazareno Torres de Moraes, apresentaram graves denúncias ocorridas na década passada, sobre exploração ilegal de recursos dentro de reservas indígenas, com a conivência do poder público. Os funcionários apresentaram documentos e fitas de vídeos como provas dos seus próprios relatos.
No entanto, ambos focaram em um caso específico, ocorrido nas reservas indígenas ocupadas pelas etnias Suruí, Zoró, Saquirabiá e, em particular, a reserva Roosselt da etnia cinta-larga, localizada no sul do estado de Rondônia. Entre 2001 e 2005, a reserva foi centro de conflito por causa de um garimpo, assim como exploração de madeira. Segundo eles, o então Procurador da República naquele estado, Reginaldo Pereira Trindade, em reunião no dia 19 de agosto de 2005, posicionou-se de forma favorável à continuidade da exploração madeireira nessas terras.
“Tal parecer dado pelo Ministério Público Federal, representado pelo Sr. Trindade, circulou com rapidez na região. Por consequência, centenas de caminhões, tratores e outros maquinários, ingressaram nas terras indígenas Suruí, Zoró e Cinta-largas”, relatou Valdir de Jesus.
Para o senador Blairo Maggi, o grande problema na exploração de recursos dentro das reservas indígenas é a falta de leis específicas que regulamentem tal objetivo. “Não podemos mais fazer vista grossa para essa questão. Esse tipo de exploração é uma realidade e, muitas vezes, com consequências trágicas”, afirmou.
O parlamentar chamou a atenção para o fato de que 13% do território nacional são reservas indígenas, o que equivale a 110 milhões de hectares e que essas terras não podem simplesmente ficar paradas, intocadas. “É preciso políticas do Governo Federal para que as riquezas dessas terras sejam usadas. O que fazem, hoje, é bater a carteira do Brasil. É paralisar o desenvolvimento onde ele é mais necessário, onde o País está novo e ainda pode crescer e prosperar, para o bem-estar de índios e não índios, ou seja, para o benefício de todo cidadão brasileiro”, disse Blairo.
Exploração X Regulamentação
Para o coordenador-geral de Gestão Ambiental da FUNAI, Jaime Siqueira, os recursos naturais devem ser explorados quando devidamente regulamentados e, segundo ele, a FUNAI não tem uma visão romântica e nem radical no sentido de que não devam ser aproveitados os existentes em terras indígenas.
“Distribuímos aqui hoje, cópias de um decreto assinado no ano passado que instituiu a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas (PNGATI), que tem por objetivo garantir e promover a proteção, recuperação, conservação e o uso sustentável dos recursos naturais das terras e territórios indígenas, nos termos da legislação vigente”, explicou Siqueira.
Fonte:
Assessoria de Comunicação
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/5194/visualizar/
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