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Polícia Brasil
Sábado - 12 de Maio de 2012 às 18:35

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Cerca de 500 pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), participaram da Marcha da Maconha neste sábado (12), em Belo Horizonte. A concentração começou às 13h, na Praça da Estação, no Centro, e, às 16h20, os manifestantes iniciaram a passeata rumo à Praça da Liberdade. Além da capital mineira, Cuiabá, Fortaleza, Niterói e Uberlândia também sediam o evento neste sábado.

De acordo com o Tenente Nascimento, responsável pelo policiamento, antes da marcha, três pessoas que participariam do evento foram encaminhadas à delegacia por causa do porte de drogas. “Dois deles foram detidos na Praça Rui Barbosa. Eles vieram do Espírito Santo e disseram que iriam para a marcha. A outra pessoa detida se apresentou como uma das organizadoras do evento”, afirmou.

Até as 18h15, a passeata ocorria de forma pacífica. O tatuador Sávio Henrique, de 21 anos, teve que se explicar aos militares por causa de uma faixa que dizia “polícia mata, maconha não”. De acordo com o jovem, os policiais foram educados durante a abordagem e pediram que jogasse a faixa fora porque os dizeres eram ofensivos. O tenente explica que foi acordado com a organização que não haveria uso de inscrição ofensiva contra os órgãos públicos durante o evento e, que por isso, o jovem foi abordado. Para evitar problemas, Sávio Henrique seguiu a recomendação.

A polícia reconhece que durante o evento alguns manifestantes fizeram uso de droga. “Podemos ver que algumas pessoas estão usando maconha, mas, quando as abordamos, elas já esfarelaram a droga, não havendo materialidade para o registro da infração”, afirmou.

Legalização
Assim como o tatuador, vários participantes da marcha carregavam faixas e cartazes. Um deles é o analista de sistemas Alexandre de Castro, de 33 anos, que é a favor da legalização da maconha, principalmente devido aos usos medicinais. “Maconha é somente um planta e muito útil pela sua aplicação medicinal. A proibição custa muitas vidas”, pontuou.

Por causa da manifestação, alguns lojistas preferiram fechar as portas no Centro da capital. O vendedor Alair de Oliveira, que acompanhou a passagem da marcha pela Avenida Afonso Pena, é contra a legalização da droga. “Se liberar, o povo e o governo vão perder o controle. Vai haver mais roubos, mais assaltos para a compra de drogas”, avaliou.

Além de policiais militares, guardas municipais e agentes da Empresa de Trânsito e Transportes de Belo Horizonte (BHTrans) acompanharam a passeata. O trânsito chegou a ser parcialmente interrompido para a passagem dos manifestantes, causando leve retenção no tráfego.

Legalidade
De acordo com a Polícia Militar, a legalidade da Marcha da Maconha é garantida por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A liberdade da realização de protestos pela legalização de drogas foi confirmada no ano passado. A pedido da Procuradoria-Geral da República, o STF mudou a interpretação do artigo da Lei de Drogas, que proíbe induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga. Em 2012, a previsão é que o evento aconteça em 37 cidades.





Fonte: Do G1 MG

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