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Repórter News - reporternews.com.br
Policia MT
Sábado - 12 de Maio de 2012 às 10:43

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A ex-coordenadora da Conta Única do Estado, Magda Mara Curvo Muniz, irá se apresentará à Polícia na próxima semana – em data ainda não definida. A garantia foi dada pelo advogado Roger Fernandes, que esteve na Delegacia Fazendária na sexta-feira, 11, para acompanhar a abertura dos materiais coletados em sua residência durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. Magda é acusada de liderar um esquema que desviou mais de R$ 18 milhões da Conta Única do Estado.

Ela  está foragida  desde a semana passada quando foi deflagrada a operação “Vespeiro”, com o objetivo de desarticular quadrilha que atuava desde 2007 desviando dinheiro da Conta Única através de depósitos efetuados por meio do sistema BBPAG em contas bancárias de “laranjas”.  Na casa da ex-coordenadora, segundo o advogado foram apreendidos apenas objetos pessoais, incluindo holerites de empregadas domésticas.

Magda foi afastada do exercício da função pública e sua situação no processo parece estar cada vez mais complicada. Isso porque outros servidores da Secretaria de Fazenda (Sefaz), que se apresentaram nesta semana, afirmaram em depoimento que passaram informações de contas bancárias de pessoas próximas para atender um pedido seu.

O servidor  Paulo Alexandre de França, e seu irmão, Marcelo França, em cuja conta foram depositados R$ 89 mil  se apresentaram espontaneamente à Delegacia Fazendária  e prestaram depoimento acompanhados de um advogado. No final da tarde, foram liberados. Paulo disse que Magda pediu a ele que repassasse informações de uma conta bancária para que fosse realizado um depósito e ele passou do seu irmão. Afirmou ainda que após a efetivação do depósito iria sacar o dinheiro e repassá-lo a Magda, mas ela o teria autorizado a ficar com a quantia.

Alegando não ter conhecimento de que se tratava de transação ilegal, o ex-servidor usou o dinheiro para reformar sua casa e beneficiar sua família, tendo pago, inclusive, consultas médicas para seus pais. Marcelo, por sua vez, disse que não foi beneficiado com nenhuma parte do dinheiro.

Outro servidor Glaucyo Fabian Nascimento Ota, também disse que solicitou informações de contas bancárias de pessoas próximas a mando de Magda e que todo dinheiro desviado era repassado a ela. Apontado como um dos responsáveis por gerar os arquivos com os nomes dos “laranjas” para serem acrescentados à lista de pagamentos, o servidor alegou ainda não ter conhecimento da existência de um esquema de desvio de recursos e que atendeu ao pedido da servidora por medo de perder o emprego.






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