Acusado de mobilizar segurança com trote consegue liberdade
Durou apenas 2 dias a prisão de Paulo Rodrigues Pereira, 47, acusado de ter passado um trote para a Polícia Militar que mobilizou cerca de 80 policiais militares e manteve, por duas horas e meia, fechado o edifício comercial Wall Street na Rua Isaac Póvoas, centro da Capital na terça-feira (08). Ele conseguiu um alvará de soltura expedido nesta quinta-feira (10) pelo José Arimatéa Neves Costa, da Vara Especializada do Crime Organizado que o proibiu de não se embriagar, não portar armas, não se ausentar de Cuiabá sem autorização judicial e não frequentar, bares, casas de jogos e boates.
Ao conceder o alvará de soltura o magistrado ainda determinou que qualquer mudança de endereço deverá ser comunicada a ele. Paulo também precisa comparecer a todos os atos processual, tudo sob pena de ser revogado o benefício concedido, com a expedição de novo mandado de prisão contra sua pessoa.
" O caso concreto refere-se a uma prisão ocorrida em virtude da prática de delitos que supostamente o Flagranteado teria cometido, qual seja comunicação falsa de crime ou de contravenção (art. 340, do CP) e Dano qualificado (art. 163, parágrafo único, inc. III e IV, do CP). Registre-se que ambos os delitos são cominados com pena de detenção. Deste modo, sem maiores delongas, notadamente que a prisão em flagrante delito de Paulo Rodrigues Pereira deve ser imediatamente relaxada, pois inexiste nos autos qualquer fato que justifique a segregação do mesmo", consta em trecho do despacho do magistrado.
Durante o trote, o acusado dizia que 4 homens fortemente armados e portando explosivos haviam invadido o edifício e faziam reféns. A ocorrência mobilizou militares de 4 batalhões, incluindo Operações Especiais, além de ambulâncias, soldados do Corpo de Bombeiros, Samu e a aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). Preso no mesmo dia. Paulo Rodrigues negou o fato e atribuiu a autoria do trote a filha de 12 anos, tese descartada pela Polícia que no mesmo dia divulgou o áudio da ligação onde foi identificada a voz do acusado.
Após ter passado e sua imagem ter sido divulgada em reportagem na TV Record Cuiabá, Paulo foi reconhecido por um cabeleireiro que o acusa de ter furtado R$ 1,5 mil em setembro de 2011. De acordo com a ocorrência, a vítima e Pereira, morador do Jardim Vitória, estavam hospedados em um hotel da Capital. Ao cabeleireiro, ele teria dito morar em Rondonópolis (212 km ao sul da Capital) e que a estada dele era era motivada pelo tratamento de saúde de um parente. Com base na denúncia, o acusado também será indiciado pelo crime de furto.
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