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Policia MT
Quinta - 10 de Maio de 2012 às 15:17
Por: Pollyana Araújo

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Após depoimentos prestados pelos suspeitos que foram presos durante a Operação Vespeiro, deflagrada há uma semana em Cuiabá e Cáceres, a 250 quilômetros da capital, a Polícia Civil identificou a participação de outros sete envolvidos no esquema que desviou cerca de R$ 12,9 milhões da Conta Única do Estado. Na data da operação, 32 haviam sido contratados pelos fraudadores e, agora, esse número subiu para 39, segundo a Polícia Civil.

Esses supostos "laranjas" eram cooptados por servidores da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz) e cediam suas contas bancárias para que os criminosos transferissem o dinheiro do sistema financeiro do estado. Conforme a polícia, já faziam cinco anos que o esquema vigorava e alguns dos envolvidos são do Paraná e Bahia e se apresentaram nesta quarta-feira (9).

Durante depoimento prestado aos delegados Rogério Modelli e Cleibe Aparecida de Paula, da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Administração Pública, responsáveis pela operação, o suspeito que mora no Paraná alegou que o irmão que também foi preso utilizou a conta bancária dele sem a sua permissão e que teria feito isso a pedido de um servidor da Sefaz, que é amigo dele. Ao todo, sete servidores são suspeitos de integrar a quadrilha.

Somente nesta quarta-feira, sete pessoas investigadas durante a operação se apresentaram à polícia e foram presos em cumprimento aos mandados de prisão expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado, Crimes contra a Ordem Tributária e Econômica e Crimes contra a Administração Pública da Comarca de Cuiabá.

Com o aumento do número de envolvidos na fraude, 24 são procurados pela polícia. Até agora 22 mandados foram cumpridos, sendo que 15 deles aconteceu no dia 3 deste mês, quando foi realizada a operação, e outros sete nesta quarta-feira. Porém, os 15 já conseguiram a liberdade e estão soltos. De acordo com a polícia, os "laranjas" eram beneficiados com pequenas quantias e a maioria é pobre, como, por exemplo, um pedreiro e uma empregada doméstica, que teriam recebido juntos mais de R$ 2 milhões. Os valores, no entanto, foram repassados aos chefes do esquema.

As investigações da Polícia Civil iniciaram em fevereiro deste ano a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) a partir de uma denúncia anônima e, em março deste ano, a Auditoria Geral do Estado (AGE) divulgou o resultado de um levantamento que apontou o desvio de R$ 12,9 milhões da Conta Única de 2007 até 2011.
 





Fonte: Do G1 MT

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