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Agronegócios
Quinta - 10 de Maio de 2012 às 14:35

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A projeção otimista para o crescimento do milho primeira e segunda safra motivou a revisão para cima da safra de grãos 2011/2012 divulgada nesta quinta-feira, dia 10 de maio, em Brasília. O levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a safra de grãos deve chegar a 160,06 milhões de toneladas. Apesar de o número ser considerado expressivo pela Conab e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é 1,7% inferior ao resultado obtido na safra 2010/2011, quando atingiu 162,80 milhões de toneladas.

“A safra passada foi uma supersafra, essa é muito expressiva. Se não tivéssemos a estiagem impactando nas lavouras do Sul, repetiríamos a safra de 2010/11”, salientou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha. A projeção de área plantada é de 52,06 milhões de hectares, 3,6% maior do que a cultivada na safra 2010/11, de 49,80 milhões de hectares. Isso representa um aumento de 1,81 milhões de hectares, de acordo com os dados do oitavo balanço da safra 2011/12.

As maiores reduções foram verificadas na soja, que apresentou queda de 8,64 milhões de toneladas, e no arroz, cuja retração foi de 1,81 milhão de toneladas. O recuo se deve, principalmente, às condições climáticas não favoráveis, principalmente no período entre 15 de novembro/2011 e 15 de janeiro/2012, que afetaram mais as lavouras, sobretudo nos estados da região Sul, parte da Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Em compensação, para o milho segunda safra, a previsão indica crescimento de 40,5%, equivalente a 8,70 milhões de toneladas.

Entre as principais culturas de verão, as de milho primeira e segunda safras apresentam crescimento, com destaque para o milho segunda safra, que cresceu 21,7% ou 1,280 milhão de hectares, e do milho primeira safra, com ganho de 4,6% ou seja, de mais 366 mil hectares.

Estiagem Nordeste

As culturas de arroz e feijão apresentam redução na área. O feijão, em função de problemas na comercialização, dificuldades climáticas na região Nordeste e dos preços deprimidos durante o estabelecimento da primeira safra. O arroz, pela falta de água nos reservatórios, aumento no custo de produção e preços pouco atrativos. No semiárido nordestino, a estiagem castiga a produção em geral com queda de 40,1% em relação à safra passada, o que significa uma queda da produção de 1,24 milhão de t de produtos a menos, basicamente de milho e feijão.

Atento ao problema do Nordeste, o governo vem adotando uma série de medidas de apoio aos agricultores rurais dos estados atingidos pela seca, entre elas, a distribuição de milho, com o apoio logístico dos estados, o Bolsa Estiagem, entre outros.






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