Dezoito corpos decapitados e desmembrados foram encontrados nesta quarta-feira em dois automóveis em uma estrada próxima a Guadalajara, segunda maior cidade do México, informou a Procuradoria do Estado. "Nos automóveis havia 18 cabeças, entre outras partes humanas que estão sendo analisadas pelos peritos", disse um funcionário do governo de Jalisco. Inicialmente, a polícia local havia informado doze corpos e depois, quinze.
Em um dos automóveis foram encontradas "7 cabeças humanas, além de pernas, braços e outras partes de corpos"; no outro "havia onze 11 cabeças, troncos e membros", revelou o funcionário. O procurador do estado, Tomás Coronado, indicou que a matança ocorreu, ao que parece, como uma vingança por 23 assassinatos praticados na sexta-feira passada no estado de Tamaulipas (nordeste).
Olmos informou a respeito da detenção na terça-feira de uma mulher, suposta membro de uma organização criminosa local conhecida como Milenio e ligada ao cartel Los Zetas, que confessou que os assassinatos são "a repercussão (pelo) que ocorreu em Tamaulipas, uma repercussão escandalosa". Na sexta-feira, 23 corpos foram encontrados na cidade de Nuevo Laredo (norte), na fronteira com os Estados Unidos. Nove deles foram pendurados em uma ponte; e os outros 14, decapitados.
A mulher foi presa depois que outras 12 pessoas, que também iam ser assassinadas, foram liberadas na terça de uma casa onde estavam em poder de sequestradores em um município próximo a Guadalajara. A violência ligada ao tráfico de drogas já causou mais de 50.000 mortes do México desde dezembro de 2006, data da chegada ao poder do presidente Felipe Calderon, que deu início a uma ofensiva militar contra os traficantes. Entre os mortos, foram contabilizados vítimas de confrontos entre cartéis e em operações militares.
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