PM acusado de matar amante grávida estrangulada tenta HC, mas ministra nega

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido de habeas corpus ao ex-cabo da Polícia Militar e estagiário das Rondas Táticas Ostensivas Metropolitanas (Rotam), Claudomiro Souza Sales, de 30 anos, acusado de assassinar Ana Cristina Wommer, 24, grávida de oito meses, com quem tinha um relacionamento extra-conjugal, em agosto de 2010.

A solicitação da defesa do acusado manifestou o pedido a corte em favor do servidor público, mas teve o pleito recusado em unanimidade. Na solicitação, os advogados argumentaram que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso havia concedido HC a um segundo envolvido no crime, e que a situação deste com a seu cliente era semelhante, e por isso a revogação deveria ser atendida.

No entanto, a relatora do caso, a ministra Carmém Lúcia Antunes Rocha esclareceu que ao contrário do afirmado, a situação de ambos era diferente, já que foi inclusive foi comprovado que Claudomiro estava ameaçando as testemunhas da investigação, fato que poderia atrapalhar na conclusão dos resultados do inquérito.

“O motivo principal que fundamentou a prisão preventiva do impetrante foram ameaças contra as testemunhas da investigação”, destacou a ministra.

Ana Cristina Wommer era corretora de imóveis e morreu estrangulada ao final da gestação. Durante seu assassinato, ela acabou entrando em trabalho de parto e ao lado de seu corpo, foi encontrado o feto, nas margens da BR-364. A vítima teria ainda ingerido remédios abortivos dados pelo acusado, na tentativa de esconder o caso da família.

Claudomiro hoje está preso na Cadeia Pública de Santo Antônio do Leverger aguardando o julgamento.