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Quarta - 09 de Maio de 2012 às 10:29
Por: Romilson Dourado

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A um mês do início das convenções, o quadro de pré-candidaturas a prefeito de Rondonópolis, terceiro maior município mato-grossense, se torna uma incógnita porque dois nomes fortes estão praticamente fora do páreo, sendo eles do prefeito Zé do Pátio (PMDB), que está cassado, embora no cargo, e inelegível por 8 anos, e do empresário e ex-prefeito Adilton Sachetti (PDT), que ensaiou duas vezes uma nova disputa, mas já decidiu que não será candidato. Restaram o deputado Percival Muniz (PPS), que volta a avistar o cavalo arriado pela frente, o ex-prefeito Rogério Salles (PSDB) e provavelmente o presidente da Câmara Municipal, vereador Ananias Filho (PR), que deve assumir a cadeira de prefeito interino na próxima semana e seguir no comando do município até se realizar uma eleição suplementar.

A última pesquisa sobre intenção de voto do instituto Mark, divulgada na semana passada por este blog, apontava empate técnico na liderança entre Percival e Adilton e com uma reação positiva de Pátio, que estava em terceiro, mas em crescimento se comparado à amostragem de janeiro. Agora que o peemedebista se encontra inelegível, ou seja, proibido de concorrer às eleições deste ano, o cenário fica confuso. Adilton, que permanece mais em Cuiabá, onde comanda uma cooperativa de biodiesel, avisou que está fora do embate eleitoral de Rondonópolis.

É provável que o PMDB venha lançar o médico e vereador Manoel da Silva Neto para prefeito. Aliás, essa sugestão foi apresentada desde o ano passado pelo cacique do partido, deputado Carlos Bezerra, inclusive com possibilidade de agregar 9 partidos no arco de alianças. O problema é que Manoel figura entre os lanternas nas intenções de voto e, se os simpatizantes do prefeito Pátio não abraçarem a pré-candidatura, a chance é remota do vereador ganhar visibilidade.

Esta é a primeira vez na história que Rondonópolis tem um prefeito cassado e numa época de pré-campanha, quando partidos e lideranças batem cabeça para definir candidaturas e os eleitores se preparam não só para receber um prefeito tampão, como assistir, de longe, a escolha de um chefe do Executivo num processo em que os eleitores são apenas os 12 vereadores. Em 99, o também peemedebista da época Alberto de Carvalho renunciou ao mandato, abrindo chance para Percival, que era vice, se tornar prefeito.

Ex-vereador e ex-deputado estadual, Pátio se mostra inconformado e tenta mobilizar as chamadas massas. Ele foi condenado pelo TRE por abuso de poder econômico na campanha. Sua situação jurídica e política está cada vez mais delicada. Vai recorrer ao TSE para tentar reverter a situação, o que será pouco provável. O peemedebista tem menos de 2 meses para reconquistar na Justiça o mandato e ganhar legitimidade para a disputa à reeleição. Se conseguir, volta a ter chance de êxito nas urnas porque explorará o máximo a condição de vítima. Se não, sai praticamente da vida pública.





Fonte: RD News

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