“A informação técnica que eu tenho é que houve sim uma ação do Google no sentido de atender esse pleito de não expor a intimidade da atriz. Evidentemente, com essa atitude fica demonstrada a boa vontade e a postura responsável da empresa. Em função disso, não vou entrar com a ação, que já estava pronta. Isso é bom para evitar a sobrecarga do Judiciário com esse tipo de questão”, ressalta Kakay.
Procurada pelo G1 na segunda e na terça, a assessoria do Google Brasil já havia informado que não se pronuncia sobre casos específicos. A empresa foi procurada novamente nesta quarta e ainda não se manifestou.
De acordo com o advogado, a atriz já retomou a rotina de trabalho. “A Carolina já voltou a trabalhar e está tentando voltar com a vida ao normal. Carolina se expôs muito, mas é uma pessoa muito forte.”
Ainda segundo Kakay, o delegado Gilson Perdigão, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que está à frente do caso, teria informado, na noite de terça-feira (8), que as investigações estão bem avançadas. “Tenho certeza que numa rapidez bastante razoável chegaremos ao culpado pela veiculação dessas fotos”, afirmou o advogado.
Kakay aproveitou para fazer um apelo aos internautas para que sigam o exemplo das empresas e não divulguem mais as imagens. “Isso pode refletir até mesmo na atitude individual das pessoas, já que continuam colocando as fotos em redes sociais. Não é possível acionar todas em virtude da capilaridade das redes sociais hoje em dia”, diz Kakay, que agora pretende aguardar o término das investigações criminais para acionar os responsáveis também na esfera cível.
Extorsão, difamação e furto
Na segunda-feira (7), a polícia informou que abriu inquérito por extorsão qualificada pelo concurso de agentes, difamação e furto. Isso porque a atriz recebeu e-mails exigindo R$ 10 mil para que as imagens não fossem divulgadas, mas preferiu procurar a polícia.
Dois representantes da empresa onde foi feita a manutenção do computador da atriz foram ouvidos pela polícia na noite desta segunda-feira (7). Eles foram ouvidos como testemunhas e o teor dos depoimentos não foi divulgado.
Já Carolina Dieckmann prestou depoimento mais cedo. Ela chegou à delegacia às 9h15 e deixou o local às 16h30, sete horas depois, sem falar com a imprensa. De acordo com a Polícia Civil, também foram ouvidos o empresário e um secretário dela. Os nomes das testemunhas não foram revelados.
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