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Cidades/Geral
Sexta - 04 de Maio de 2012 às 18:59
Por: GUSTAVO HENNEMANN

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou quatro policiais da Brigada Militar (equivalente a Polícia Militar) sob acusação de incêndio e ameaça contra o governador do Estado, Tarso Genro (PT).

Os episódios que motivaram a denúncia ocorreram durante protestos por reajustes salariais realizados entre agosto e setembro do ano passado.

Na época, integrantes da Brigada fizeram dezenas de bloqueios com barricadas de fogo em estradas do Estado e, no centro de Porto Alegre, foi deixada uma falsa bomba.

Foram denunciados os policiais Marcelo Machado Maier, Fernando de Souza e Silva, Renata Molina Tavares e João Carlos de Souza, que já é aposentado.

Os dois primeiros fizeram um vídeo, em que aparecem fardados e encapuzados, assumindo a autoria do episódio envolvendo a falsa bomba, segundo a Promotoria.

Eles também ameaçam o governador dizendo que Tarso não os "levou a sério".

Coube a Tavares divulgar o vídeo à imprensa, segundo a denúncia.

Souza e os três policiais envolvidos no vídeo foram identificados também em incêndios e bloqueios realizados em 26 de agosto e 5 de setembro de 2011, afirma o Ministério Público.

Caso sejam condenados, eles podem ter de cumprir de 5 a 9 anos de prisão e os policiais da ativa seriam automaticamente demitidos.

Ao todo, a Brigada Militar havia indiciado 13 policiais sob suspeita de ter cometido crimes durante os protestos.

Em alguns casos, porém, o Ministério Público considerou que as manifestações foram legais. Em outros, não foi possível identificar a autoria dos crimes.

Os dois autores do vídeo foram identificados em razão da voz e do porte físico, segundo a Promotoria.

Ambos já estão presos preventivamente por suposta participação em uma chacina em Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre.

A Brigada Militar também abriu um processo administrativo que investiga a participação dos policiais nos protestos.

A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos quatro denunciado.






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