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Policia MT
Sexta - 04 de Maio de 2012 às 10:46
Por: ADILSON ROSA

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Golpe do envelope vazio: empresas confiavam em comprovantes de depósito emitidos por terminais eletrônicos
Golpe do envelope vazio: empresas confiavam em comprovantes de depósito emitidos por terminais eletrônicos
Três pessoas acusadas de participar do “golpe do envelope vazio” foram presas por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (Derrf) de Várzea Grande. Trata-se de José Ricardo de Carvalho, de 31 anos, Maria Aparecida Rodrigues, de 27, e Neuzil Hilário de Campos, de 30, todos autuados por receptação de produtos roubados.

O acusado de ser o mentor do esquema, Agdézio Braga, conseguiu escapar ao cerco policial. Até agora, a polícia já localizou quatro empresas vítimas do golpe e recuperou parte dos produtos furtados.

Segundo os policiais, o golpe consistia em fazer o pagamento de produtos com depósito em caixa-eletrônico. Só que o envelope é depositado sem dinheiro, causando prejuízo à empresa que fez venda. A agência bancária informa a respeito do depósito.

Os três foram presos anteontem à tarde, na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, onde os policiais localizaram Neuzil, que estava num caminhão F-600. Os outros, próximos do Ginásio de Esportes Aecim Tocantins, no bairro Verdão.

Segundo os policiais, eles foram acionados pelo proprietário de uma empresa de revenda de baterias localizada na Avenida Alzira Santana, no centro de Várzea Grande, que havia vendido 10 baterias no valor total de R$ 3.600 e, ao checar o pagamento, foi informado pelo gerente do banco de que o envelope do depósito estava vazio.

"De imediato, localizamos o taxista que foi contratado para fazer o transporte dos produtos. Ele carregava as últimas três unidades. Então, nos levou até a Avenida Beira Rio, onde prendemos um dos integrantes do esquema", informou um dos policiais.

Detido, Neuzil alegou que estava apenas fazendo o transporte das baterias e as deixando em uma casa no bairro Santa Isabel, em Cuiabá. Ele, então, concordou em levar os policiais até a casa.

Durante o trajeto, no entanto, os policiais simularam um defeito mecânico no caminhão e o motorista solicitou que Maria o encontrasse próximo do ginásio de esportes. Assim que ela chegou, foi presa junto com José Ricardo, que a acompanhava.

Aos policiais, Maria negou saber do esquema. Alegou que havia alugado um cômodo para um tal Ederaldo. Através da foto dele, a vítima o reconheceu como sendo o mesmo que aplicou golpe semelhante na filial da empresa, na Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá.

Na casa, além de quatro das 10 baterias, os policiais apreenderam produtos de uma empresa atacadista de tecidos do bairro do Porto, onde foram comprados tecidos para cama, mesa e banho, além de edredons, avaliados em cerca de R$ 15 mil. A compra foi efetuada no dia 30 de abril.

“Todo o tecido foi recuperado por nossos policiais na residência do casal, no bairro Santa Isabel”, explicou o delegado Carlos Américo Marchi, responsável pelas investigações.

Na casa, os policiais apreenderam também 11 extintores comprados pelo mesmo esquema de uma empresa localizada na Avenida das Torres, em Cuiabá. “Temos também uma quarta empresa que vendeu ventilador para os golpistas”, completou o delegado.

“Foi o que ocorreu comigo. Só depois é que o banco veio dizendo que o envelope estava vazio. Aí, passa a ser problema do banco”, queixou-se o proprietário da empresa de revenda de baterias.




Fonte: DO DC

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