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Sexta - 04 de Maio de 2012 às 10:25
Por: KAMILA ARRUDA

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Ao saber do interesse do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em realizar auditagem dos contratos firmados entre a prefeitura de Cuiabá e a empresa Delta Construções Ltda., o prefeito Chico Galindo (PTB) se antecipou e forneceu à Corte fiscalizadora cópia dos dois convênios que possui com a empreiteira.

O gestor se reuniu no final da tarde de ontem (3) com o presidente do órgão, José Carlos Novelli, e entregou em todos os documentos, que devem auxiliar o Tribunal durante as investigações. “Essa iniciativa é muito importante e mostra que estamos trabalhando de maneira transparente”. Além disso, Galindo acrescenta que esta auditagem também servirá para evitar que a sociedade venha a ser prejudica de alguma forma. “Queremos resguardar os interesses da população, pois temos obras de responsabilidade da Delta sendo executadas em Cuiabá. A população não pode ser atingida”.

A construtora é investigada nacionalmente por suposto envolvimento em um esquema de favorecimento encabeçado pelo bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o “Carlinhos Cachoeira”. Até mesmo uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foi instalada no Congresso para investigar o caso. Por conta disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) instalou uma força-tarefa para auditar os contratos firmados entre o Delta e órgãos públicos municipais e estaduais jurisdicionados da instituição.

Em Cuiabá, os dois contratos firmados com a empresa são com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfe). Um deles é para prestação de serviço de pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais em 24 bairros, inclusos no programa “Poeira Zero”, que já está em execução na Capital. Inicialmente, o valor do contrato era de R$ 60,037 milhões, no entanto sofreu decréscimo após a retirada de dois bairros da lista de beneficiados, sendo fixado em R$ 54,1 milhões.

O outro é para prestação de serviços de coleta de lixo, contudo este se divide em duas vertentes, já que, a priori, a empreiteira foi contratada com dispensa de licitação, por um período de apenas 180 dias. Tudo isso porque em julho de 2010 a prefeitura rescindiu contrato com a empresa Qualix Serviços Ambientais Ltda., que era responsável pelos serviços. A prestação do trabalho temporário saiu em R$ 3,1 milhões.

Após este período, foi aberto um processo licitatório para escolher a empresa que daria continuidade aos serviços de coleta de lixo, no qual a Delta se consagrou vencedora em dezembro de 2010. O contrato foi fechado em R$ 15,4 milhões e incluía locação de caminhões coletores de resíduos sólidos domiciliares com condutores, coletores de lixo e equipamento de apoio. A vigência era de 12 meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.

Além dos convênios com Cuiabá, os contratos firmados entre a empreiteira e o governo do Estado também será analisado. O governador Silval Barbosa (PMDB) determinou no final do mês passado que a Auditoria Geral do Estado (AGE) tomasse a frente das investigações. Também solicitou o mesmo para o TCE.




Fonte: DO DC

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