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Além dela, outras 14 pessoas foram detidas por participar de esquema de desvio de recursos públicos. Mais de 20 pessoas estão foragidas
Defaz prende secretária de Estado
GERALDO TAVARES/DC
Em coletiva de imprensa, policiais civis detalharam como funcionava o esquema milionário promovido por servidores do Est
Secretária-adjunta do Tesouro Estadual, Avaneth Almeida das Neves figura entre as 15 pessoas detidas na operação “Vespeiro”, deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz) para desarticular o esquema que resultou no desvio que pode chegar a R$ 18 milhões da Conta Única do governo do Estado. Outros seis servidores, sendo dois terceirizados, também são acusados de participar do esquema, colocado em prática desde 2007. Destes, três foram presos e quatro estão entre os 23 foragidos. No total, foram expedidos 38 mandados de prisão temporária (válidos por cinco dias) e 38 de busca e apreensão.
Ex-coordenadora da Conta Única do Estado, Magda Mara Curvo Muniz é apontada como chefe do esquema, e está foragida. Segundo a polícia, ela era responsável por autorizar e encaminhar os pagamentos, realizados pelo sistema BBPAG. Os patrimônios de que dispõe, incompatíveis com o salário recebido pela função que exerce, são indícios do suposto enriquecimento ilícito.
“A casa em que mora, em um condomínio fechado na Capital, por exemplo, não condiz com sua renda”, afirmou o delegado Rogério Atílio Modeli.
As investigações apontaram ainda que os servidores terceirizados da Sefaz, Edson Rodrigo Ferreira Gomes e Glaucyo Fabian Oliveira Nascimento Ota, ambos foragidos, eram responsáveis por cooptar os “laranjas” e gerar os arquivos com seus nomes para serem incluídos à lista de pagamentos. Segundo a delegada Cleibe Aparecida de Paula, Edson inseriu ao menos oito pessoas no esquema. Entre elas, parentes próximos, como o pai, a mãe, o irmão, a ex-cunhada e os pais dela.
O irmão de Magda, Silvan Curvo, que está foragido, também tinha forte participação na fraude. Somente ele teria incluído nove pessoas no esquema. Entre elas, o pedreiro Paulino Silva da Cunha e sua esposa, Márcia da Silva Santos, presos na operação. Para suas contas bancárias foram transferidos mais de R$ 2,4 milhões entre os anos de 2007 e 2011.
Em depoimento à polícia, Paulino admitiu ter conhecimento de que seu nome estava sendo usado como “laranja”, mas negou ter sido beneficiado com os recursos. Cleibe de Paula ressaltou, no entanto, que nem todos sabiam que seus nomes estavam sendo utilizados no esquema. Alguns eram enganados com a promessa de que seriam contemplados com uma casa própria, por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”, outros receberam pequenos “agrados”, como botijão de gás de cozinha e roupas.
Entre os supostos beneficiados com os recursos também figuram ao menos três empregadas domésticas. É o caso de Tânia Regina Lopes (foragida). A denúncia de que ela recebia recursos do Estado mesmo não pertencendo aos quadros de servidores foi recebida pelo governo em outubro do ano passado. Ao apurar a informação, a Auditoria Geral do Estado (AGE) descobriu que 32 pessoas estavam recebendo recursos de forma indevida. Os repasses irregulares totalizavam R$ 235 mil mensais.
Os valores liberados indevidamente em 2011 teriam sido utilizados para pagamento de servidores que trabalharam no concurso da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), realizado em 2009. No entanto, constatou-se que os pagamentos não tinham qualquer relação com o concurso. Segundo a polícia, a servidora da Unemat, Joanice Batista do Espírito Santo Ferreira, detida ontem, foi a responsável por encaminhar a relação das pessoas que supostamente teriam trabalhado durante realização do certame.
Ex-coordenadora da Conta Única do Estado, Magda Mara Curvo Muniz é apontada como chefe do esquema, e está foragida. Segundo a polícia, ela era responsável por autorizar e encaminhar os pagamentos, realizados pelo sistema BBPAG. Os patrimônios de que dispõe, incompatíveis com o salário recebido pela função que exerce, são indícios do suposto enriquecimento ilícito.
“A casa em que mora, em um condomínio fechado na Capital, por exemplo, não condiz com sua renda”, afirmou o delegado Rogério Atílio Modeli.
As investigações apontaram ainda que os servidores terceirizados da Sefaz, Edson Rodrigo Ferreira Gomes e Glaucyo Fabian Oliveira Nascimento Ota, ambos foragidos, eram responsáveis por cooptar os “laranjas” e gerar os arquivos com seus nomes para serem incluídos à lista de pagamentos. Segundo a delegada Cleibe Aparecida de Paula, Edson inseriu ao menos oito pessoas no esquema. Entre elas, parentes próximos, como o pai, a mãe, o irmão, a ex-cunhada e os pais dela.
O irmão de Magda, Silvan Curvo, que está foragido, também tinha forte participação na fraude. Somente ele teria incluído nove pessoas no esquema. Entre elas, o pedreiro Paulino Silva da Cunha e sua esposa, Márcia da Silva Santos, presos na operação. Para suas contas bancárias foram transferidos mais de R$ 2,4 milhões entre os anos de 2007 e 2011.
Em depoimento à polícia, Paulino admitiu ter conhecimento de que seu nome estava sendo usado como “laranja”, mas negou ter sido beneficiado com os recursos. Cleibe de Paula ressaltou, no entanto, que nem todos sabiam que seus nomes estavam sendo utilizados no esquema. Alguns eram enganados com a promessa de que seriam contemplados com uma casa própria, por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”, outros receberam pequenos “agrados”, como botijão de gás de cozinha e roupas.
Entre os supostos beneficiados com os recursos também figuram ao menos três empregadas domésticas. É o caso de Tânia Regina Lopes (foragida). A denúncia de que ela recebia recursos do Estado mesmo não pertencendo aos quadros de servidores foi recebida pelo governo em outubro do ano passado. Ao apurar a informação, a Auditoria Geral do Estado (AGE) descobriu que 32 pessoas estavam recebendo recursos de forma indevida. Os repasses irregulares totalizavam R$ 235 mil mensais.
Os valores liberados indevidamente em 2011 teriam sido utilizados para pagamento de servidores que trabalharam no concurso da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), realizado em 2009. No entanto, constatou-se que os pagamentos não tinham qualquer relação com o concurso. Segundo a polícia, a servidora da Unemat, Joanice Batista do Espírito Santo Ferreira, detida ontem, foi a responsável por encaminhar a relação das pessoas que supostamente teriam trabalhado durante realização do certame.
Fonte:
DO DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/52804/visualizar/
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