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Nacional
Sábado - 04 de Janeiro de 2014 às 11:57
Por: Rodolfo Borges

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O ano eleitoral já comelou e eles nem sequer aparecem nas pesquisas de intenção de voto, mas os candidatos "nanicos" à Presidência acreditam que podem surpreender em 2014. Conhecidos como “pequenos” pela expectativa de que devem receber poucos votos, pré-candidatos como o pastor Everaldo Pereira, vice-presidente do PSC, e o idealizador do “aerotrem” e presidente do PRTB, Levy Fidelix, apostam na força das bases e no poder das redes sociais.


 
Confiante, Fidelix parte para sua segunda candidatura ao Palácio do Planalto lamentando a falta de espaço e a “máfia das pesquisas fajutas” de institutos como Datafolha e Ibope, que não divulgam suas intenções de voto para 2014. Desta vez, contudo, o presidente do PRTB se articulou em bases regionais, nas quais pretende contar com os palanques que não teve nas últimas empreitadas.


 
— Como não temos espaço disponível nas grandes mídias, nossa estratégia se foca naturalmente na internet. Já venho treinando para entender a linguagem do internauta. Quando entro no Twitter, todo mundo vem [conversar].


 
Presidente nacional do PSDC, o pré-candidato José Maria Eymael também aposta nas redes sociais para superar os limites do pouco tempo de propaganda eleitoral do partido na TV. Segundo o democrata-cristão, o PSDC conta com uma "boa equipe" voltada para disseminar via internet a mensagem da legenda para 2014.


 
Veterano da corrida presidencial e candidato derrotado na última eleição municipal de São Paulo, Eymael diz que, desta vez, concorre para ganhar.


 
— Disputei três eleições à Presidência, em 1998, 2006 e 2010, na tarefa de reconstrução do PSDC, um partido que foi destruído duas vezes, uma em 1965, quando o regime militar extinguiu os 13 partidos que existiam, e outra em 1993, quando ocorreu a fusão do então PDC com o PDS. Agora, com o partido maduro, podemos disputar com a pretensão de vencer.


 
Menos incomodado com a ausência de seu nome nas pesquisas de intenção de voto, o pastor Everaldo Pereira destacou ao R7 a força da militância do PSC no País, demonstrando tranquilidade.


 
— Por enquanto não tem incômodo [por não estar nas pesquisas]. Vamos aparecer na hora certa. Em todo lugar no Brasil, a gente vem pontuando. Tenho as minhas pesquisas. Na hora em que o partido oficiar [a candidatura], os institutos terão de nos considerar.


 
Pré-candidatos


 
Por enquanto, há cinco pré-candidaturas “nanicas” postas — além do pastor Everaldo, de Fidelix e de Eymael, Mauro Iasi (PCB) também já se apresentou para a disputa. E o comunista é o único deles que se diz mais preocupado em promover o debate ao longo da eleição do que em vencê-la. 


 
— Estamos com o cenário de uma possível reforma que pode restringir ainda mais a participação política no Brasil. Hoje é uma disputa de grandes máquinas extremamente atreladas ao poder econômico deste País. Queremos propor a necessidade de uma discussão.


 
Outro pré-candidato é o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que ganhou em concorrência interna contra a ex-deputada Luciana Genro (PSOL) a oportunidade de representar o partido em 2014. Apesar da derrota, a ex-deputada mantém seu nome da disputa, e considera inclusive compor chapa como vice de Randolfe.


 
Luciana Genro aposta suas fichas na conexão com os “revoltados” que tomaram as ruas do País em junho. Em entrevista ao R7, ela atrelou o sucesso da chapa encabeçada por um socialista à capacidade de se apresentar como alternativa à política tradicional.


 
— A possibilidade de o PSOL ir bem [na eleição de 2014] está relacionada com essa postura de negar a política tradicional. [A mobilização de] Junho deu esse recado para nós. Se o PSOL entra no jogo da politica tradicional, vai se afundar na política partidária.




Fonte: Do R7

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