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Internacional
Quarta - 02 de Maio de 2012 às 04:21

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira, 1, em discurso ao povo americano feito no Afeganistão, que a meta que fixou para a guerra nesse país - derrotar a rede terrorista Al Qaeda - "está ao alcance de nossas mãos".

 

Obama discursou na base militar de Bagram - Charles Dharapak/AP
Obama discursou na base militar de Bagram



Obama, que chegou de surpresa a Cabul, declarou que, embora vá manter missões de treinamento e luta contra o terrorismo no Afeganistão após a retirada das tropas da OTAN em 2014, "nem construiremos bases permanentes nem patrulharemos suas cidades e montanhas".

Em seu discurso desde a base militar de Bagram, nos arredores de Cabul, Obama defendeu o calendário fixado para a retirada das tropas dos EUA do Afeganistão, ao argumentar que "nossa meta não é construir um país à imagem e semelhança dos EUA, ou erradicar até o último vestígio do talibã".

"Nossa meta é destruir a Al Qaeda e estamos no caminho para conseguir exatamente isso", declarou o presidente americano, acrescentando que os afegãos querem "estabelecer sua soberania plena e criar uma paz duradoura".

Ao mesmo tempo, explicou, deve ser respeitado um período para uma saída ordenada, de modo que o Afeganistão tenha tempo para estabilizar-se e não perder tudo que já conquistou.

"Não manterei soldados americanos em situação de perigo nenhum dia além do necessário para nossa segurança nacional, mas devemos terminar o trabalho que começamos no Afeganistão e concluir esta guerra de maneira responsável", destacou.

"Após uma década de guerra, finalmente podemos ver a luz de um novo dia no horizonte", ponderou, comentando ainda que chegou "o momento de renovar os EUA".

Durante sua visita ao Afeganistão, Barack Obama e seu colega afegão, Hamid Karzai, assinaram um acordo de aliança estratégica em Cabul.

O acordo estabelece o novo marco de cooperação entre os dois países uma vez que se complete a retirada das tropas da Otan em 2014 e terá uma vigência de dez anos, até 2024.

O pacto abrange tanto as áreas de comércio e economia como de segurança e governança.

Entre outras coisas, abre a porta para que os EUA mantenham sua presença militar no país asiático com dois objetivos principais, treinar as forças afegãs - algo que quis fazer e não pôde no Iraque - e continuar suas operações contra a rede terrorista Al Qaeda.





Fonte: EFE

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