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Tecnologia
Terça - 01 de Maio de 2012 às 23:25
Por: Eduardo Moreira

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A executiva do Google Naomi Gummer disse recentemente que as políticas e leis criadas para proteger as crianças da pornografia na Internet não passam de “mitos”. De acordo com Gummer, é de responsabilidade dos pais protegerem os seus filhos do material adulto disponível na web.

 
Para executiva do Google, pais são os responsáveis pelo acesso dos filhos à pornografia na web (Foto: Reprodução)
Para executiva do Google, pais são os responsáveis pelo acesso dos filhos à pornografia na web (Foto: Reprodução)



Ela afirma ainda que qualquer legislação relacionada aos crimes de pornografia é um instrumento rudimentar, uma vez que a tecnologia avança em um ritmo elevado demais para ser considerada a única culpada pelas crianças obterem acesso a tal material. Segundo a executiva, o avanço tecnológico está disponível para ser usufruído pelas pessoas, mas não é possível prever como esses internautas vão utilizar.

Gummer vai além na sua avaliação. Ela acusa os pais de serem cúmplices dos filhos nesse aspecto, pois muitas crianças estão entrando em redes sociais e sites de relacionamentos, como o Facebook e o Twitter, sem ter a idade mínima permitida em sua política de uso. Segundo a executiva, esse ingresso só é possível devido a permissão dos responsáveis, que fazem o cadastro nos sites em nome de seus filhos.

Naomi citou ainda que pesquisas recentes afirmam que o aumento do conteúdo sexual online registra os mais altos níveis de publicação e, por consequência, o volume de buscas na web aumentaram exponencialmente. Nunca se procurou tanto sobre pornografia quanto os tempos atuais. E, por tabela, as crianças acabam se interessando por esse material.

Gummer é uma analista de políticas públicas do Google, e até recentemente, era consultora política de Jeremy Hunt, secretário de Cultura do Reino Unido, encarregado de gerenciar a política de Internet no país. Seus comentários podem estimular empresas de Internet a se preocupem com procedimentos mais eficazes para proteger as crianças da propagação do material pornográfico na rede. Ao mesmo tempo, pode fazer com que os governantes discutam ações mais duras sobre as políticas de privacidade e leis que gerenciem melhor as questões de pornografia na Internet entre os sites norte-americanos.

A questão virou uma espécie de “queda de braço”, quando no ano passado os provedores de Internet se demonstraram contrários às novas leis. Desde então, com o entrave criado, não houve nenhum esboço de aprovação de uma política mais clara de combate à pornografia. Agora, os ministros parecem sinalizar para uma proposta menos rigorosa para o lado dos provedores, deixando por conta dos usuários a decisão de acessar o conteúdo adulto de alguns sites. “Cerca de 25% das crianças britânicas já viram imagens de conteúdo sexual, mas apenas 14% afirmam que viram as imagens pela Internet. A grande maioria desse material envolve nudez e cenas de sexo, que é um material que pode ser facilmente encontrado no mundo offline”, completa Naomi.





Fonte: TechTudo

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