Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 30 de Abril de 2012 às 18:12
Por: Ericksen Vital

    Imprimir


Reprodução /TVCA
Bebê foi morto com 12 golpes de canivete pelo próprio pai.
Bebê foi morto com 12 golpes de canivete pelo próprio pai.
O juiz titular da 2ª Vara da Comarca de Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, Michell Lotfi Rocha da Silva, manteve a decisão (pronúncia) que determinou que o soldador Rosenildo Prado, 29 anos, enfrente Júri Popular. Ele é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de matar com 12 golpes de canivete o próprio filho, o bebê Tiado Silva Prado, com o objetivo de se vingar da esposa. O homicídio aconteceu no dia 1º de janeiro de 2012, na residência do casal localizada próxima à BR-364.

Segundo a denúncia do MPE, o acusado ameaçou a companheira Raquel de Lourdes dizendo que a mataria porque se sentia desprezado por ela. Raquel conseguiu escapar da residência e acionar a Polícia Militar. Então, para se vingar e magoar a mulher, o soldador aplicou 12 golpes de canivete no filho. Ao ser abordado pela PM, o acusado ainda resistiu à prisão, mordendo a perna de um policial militar. Ao analisar os autos, o magistrado ficou convencido de que todas as provas colhidas apontam que o réu é o autor do homicídio.

O magistrado constatou ainda a inexistência de qualquer fato que possa caracterizar cerceamento de defesa do réu, uma vez que a Defensoria Pública, responsável pela defesa de Rosenildo, requereu expressamente durante a audiência de instrução, a realização de um exame de tomografia computadorizada, que deveria ser feito somente após a eventual sentença de pronúncia.

Segundo a defesa, o exame será necessário para demonstrar a suposta existência de um tumor cerebral, capaz de levar o acusado ao esquecimento permanente dos fatos ocorridos. Mesmo com o pedido, o juiz decidiu manter a pronúncia do acusado pelos crimes de homicídio qualificado, resistência à prisão e ameaça. O recurso da defensoria foi para análise do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Em depoimento à delegada de Sapezal, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, a mãe do bebê disse que havia se separado do marido, dias antes do crime, e que "por dificuldades financeiras" teria reatado o relacionamento. Em entrevista concedida à TV Centro América no dia do crime, Raquel da Silva afirmou que o marido planejou o assassinato do filho. "Ele já vinha planejando isso (o homicídio) há dias. Ele queria me matar e os dois filhos, e dizia que ele ia se matar depois", revelou. Se condenado, o acusado pode pegar mais de 30 anos de prisão caso por decisão da Justiça. O réu ainda continua preso na cadeia o município.
 





Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/53084/visualizar/