Segundo a denúncia do MPE, o acusado ameaçou a companheira Raquel de Lourdes dizendo que a mataria porque se sentia desprezado por ela. Raquel conseguiu escapar da residência e acionar a Polícia Militar. Então, para se vingar e magoar a mulher, o soldador aplicou 12 golpes de canivete no filho. Ao ser abordado pela PM, o acusado ainda resistiu à prisão, mordendo a perna de um policial militar. Ao analisar os autos, o magistrado ficou convencido de que todas as provas colhidas apontam que o réu é o autor do homicídio.
O magistrado constatou ainda a inexistência de qualquer fato que possa caracterizar cerceamento de defesa do réu, uma vez que a Defensoria Pública, responsável pela defesa de Rosenildo, requereu expressamente durante a audiência de instrução, a realização de um exame de tomografia computadorizada, que deveria ser feito somente após a eventual sentença de pronúncia.
Segundo a defesa, o exame será necessário para demonstrar a suposta existência de um tumor cerebral, capaz de levar o acusado ao esquecimento permanente dos fatos ocorridos. Mesmo com o pedido, o juiz decidiu manter a pronúncia do acusado pelos crimes de homicídio qualificado, resistência à prisão e ameaça. O recurso da defensoria foi para análise do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Em depoimento à delegada de Sapezal, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, a mãe do bebê disse que havia se separado do marido, dias antes do crime, e que "por dificuldades financeiras" teria reatado o relacionamento. Em entrevista concedida à TV Centro América no dia do crime, Raquel da Silva afirmou que o marido planejou o assassinato do filho. "Ele já vinha planejando isso (o homicídio) há dias. Ele queria me matar e os dois filhos, e dizia que ele ia se matar depois", revelou. Se condenado, o acusado pode pegar mais de 30 anos de prisão caso por decisão da Justiça. O réu ainda continua preso na cadeia o município.
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