Júlio critica interferência e pede mobilização por competitividade
O deputado Júlio Campos (DEM-MT) pediu mobilização das bancadas federais dos Estados da Amazônia Legal para execução de projetos alternativos para o transporte de cargas na região. O parlamentar não esconde a preocupação com a influência da política paulista na esfera pública federal para impedir que projetos de desenvolvimento nos Estados do Centro-Oeste e Norte do país saiam do papel.
O alerta ocorreu durante reunião da bancada federal de Mato Grosso, nesta quarta-feira (25), em Brasília, ocasião em que deputados e senadores assistiram a mais uma apresentação do projeto Norte Competitivo, que tem por objetivo colocar em prática projetos da na área de infraestrutura para o escoamento da produção na região.
"A força política de São Paulo, que é um Estado de primeiro mundo, impede que outras regiões do país cresçam e se desenvolvam. Enquanto esta influência na política for preponderante, projetos como este dificulmente vão sair do papel. Precisamos nos mobilizar politicamente, ponderou.
Na sua avaliação, o projeto apresentado pela empresa Macrologística é atrativo para a economia tanto da região Norte quanto da região Centro-Oeste, pois está amparado no tripé social, ambiental e econômico, e é sustentado por uma visão sistemática, estratégica da infraestrutura de transporte e logística de cargas que tornará a produção de Mato Grosso mais competitiva.
“Por entender que o projeto beneficiará e fortalecerá a economia de Mato Grosso, como também, a de todo o Centro-Oeste e Norte buscaremos apoio das bancadas destas regiões no Congresso Nacional para que ele seja concretizado”, acrescentou.
De acordo com o parlamentar, o estudo aponta vários gargalos no transporte para o escoamento de grãos em Mato Grosso e que são amplamente conhecidos. Eles se encontram nos eixos de Lucas do Rio Verde, Diamantino, Cuiabá, Campos de Júlio, Tangará da Serra, e além de trechos no Pará e Rondônia.
Conforme o levantamento, a utilização da hidrovia Juruena-Tapajósos diminuiria os custos de transportes em 37% para o porto de Rotterdan, na Holanda, e em 39% para Shangai, na China, em relação aos atuais trechos usados pelo transporte rodoviário do norte de Mato Grosso.
Ainda no caso da utilização da hidrovia Juruena-Tapajós, sua utilização para escoamento exigiria investimentos de R$ 2,8 milhões, e geraria uma economia anual de R$ 920 mil. Já a Telles Pires-Tapajós, com investimentos de R$ 2,2 milhões, geraria uma economia anual de R$ 674 mil ao ano.
Segundo informações da assessoria de imprensa do parlamentar, o projeto aponta como pontos essenciais para resolver os gargalos na logística de transporte do estado a conclusão da BR-163 (Cuiabá-Santarem); ampliação da Ferrovia ALL até Rondonópolis; as hidrovias Paraguai/Paraná, Juruena-Tapajós, Tocantis e Madeira, a Ferronorte até o município de Lucas do Rio Verde, e a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO).
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