Serviço de tecnologia 4G será "um pouco mais caro", diz ministro
Os serviços de tecnologia 4G (quarta geração), que permite velocidades até dez vezes maiores para banda larga móvel, serão "um pouco" mais caros, afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
"Se for um preço exorbitante, o pessoal não vai querer o 4G, mas vai ficar um pouco mais caro que o 3G. Quem tem poder aquisitivo vai querer migrar para 4G", disse o ministro, após o anúncio dos preços do leilão da faixa de frequência de 2,5 GHz.
De acordo com Bernardo, a entrada dessa nova tecnologia vai baratear os serviços 3G, já que a demanda por esse serviço deve cair.
O valor mínimo de todos os lotes da faixa de frequência de 2,5 GHz (a primeira no Brasil dedicada para a tecnologia 4G) será de R$ 3,8 bilhões. As empresas interessadas no leilão deverão entregar suas propostas no dia 5 de junho. Os envelopes serão abertos em 12 de junho.
O governo espera forte concorrência no leilão, principalmente das empresas que já atuam no país. Mas não descarta novos entrantes no mercado de telefonia móvel brasileiro. Como o critério do certame é quem paga mais, o governo deve arrecadar mais de R$ 3,8 bilhões, caso conceda todos os lotes.
"Vai ser uma disputa de tapas para ganhar", disse Paulo Bernardo.
RURAL
O governo vai leiloar, junto com as faixa de 2,5 GHz, outra faixa exclusiva para a telefonia móvel rural, com o intuito de universalizar os serviços de banda larga e celular na zona rural.
Vai arrematar essa faixa, de 450 MHz, a empresa que ofertar o menor valor para o pacote de serviços, que inclui banda larga móvel a 256 kbps e franquia de 100 minutos de voz.
O preço máximo estabelecido pela Anatel foi de R$ 63,20, sem contar impostos. Desse valor, R$ 30,60 são referentes ao pacote de voz, e R$ 32,60 ao pacote de dados.
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