CPI perde prazo e investigação sobre superfaturamento vai parar no "lixo"
Os três meses de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurou superfaturamento na obra da Câmara em 2009 não valeram de nada. Os vereadores acataram na sessão ordinária de hoje (26) os argumentos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de que o prazo do inquérito foi extrapolado.
Dois membros da CCJ, Clovito Hugueney (PTB) e Marcos Fabrício (PTB), votaram pela anulação da CPI. O vereador Deucimar Silva (PP) havia anunciado na semana passada que protocolizaria um pedido de anulação do inquérito pelo prazo regimental ter sido desrespeitado. Somente o membro da CCJ Antônio Fernandes (PSDB) não votou pelo arquivamento.
Em plenário, apenas sete vereadores votaram contra o pedido de Deucimar para invalidar a CPI. Para impedir que o inquérito perdesse a validade, pelo menos 10 parlamentares teriam de ter votado contra o pedido de Deucimar e o voto da CCJ.
CPI contrariada
Os membros da CPI se mostraram contrariados com a anulação. Edivá Alves (PSD), Misael Galvão (PR) e Arnaldo Penha (PMDB), presidente, relator e membro, respectivamente, da CPI discursaram antes da votação para solicitar que os parlamentares não jogassem fora o trabalho feito.
O mais irritado foi Arnaldo Penha. “Essa não é uma questão jurídica, é uma questão política”, bradou. “Querem anular a CPI porque ela vem ao contrário do interesse de alguns”.
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